Legalizar o aborto: direito ao nosso corpo!!
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desde 1989


    Legalizar o aborto: direito ao nosso corpo!!
    Autor: CUT
    01/10/2014

    Crédito Imagem:

    “Elizângela Barbosa, de 32 anos, foi encontrada morta na noite deste domingo na Estrada de Ititioca, no bairro de mesmo nome, em Niterói. Segundo parentes da vítima, que estão sendo ouvidos na Divisão de Homicídios, a mulher saiu para fazer um aborto no sábado de manhã e não voltou mais para casa. Moradora de Engenho Pequeno, em São Gonçalo, Elizângela tinha três filhos e não queria o quarto. Ela estava grávida de cinco meses.”

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    “No último dia 26, Jandira Magdalena dos Santos Cruz, de 27 anos, também desapareceu quando ia fazer um aborto em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Jandira está desaparecida desde o dia 26 de agosto. De acordo com os parentes da jovem, ela decidiu interromper uma gravidez de três meses e duas semanas e conseguiu, por meio de amigas o contato  de clínica clandestina de aborto.”

     Os trechos acima foram extraídos do jornal Extra do site G1, na seção “Casos de Polícia”.
    Em agosto sabemos que foi Jandira, em setembro, Elizângela. Mas, poderia ser: Fátima, Márcia, Beatriz, Joana, Tereza, Lorena, Diva, Vanessa.
    No Sistema Único de Saúde a morte em decorrência das complicações de aborto gira em torno 13%, e é a terceira causa de mortalidade materna no Brasil.
    No mundo todo, as complicações do aborto deixam sequelas na vida das mulheres, especialmente nos países em desenvolvimento. O Brasil lidera a lista da Organização Mundial de Saúde (OMS) de abortamentos provocados e as pesquisas apontam que uma em cada 9 mulheres brasileiras recorre ao aborto como meio para terminar uma gestação que não foi planejada ou indesejada: Jandira, Elizangela.
    Os números do aborto no Brasil ainda são apenas estimativas, pois a ilegalidade e clandestinidade faz com que não seja possível saber quantas mulheres tem sua saúde prejudicada por causa do aborto realizado em condições precárias.
    De acordo com o Código Penal Brasileiro, promulgado em 1940, o aborto induzido é considerado crime e só é permitido pela legislação em casos de estupro e quando a mãe corre risco de vida. Recentemente o STF aprovou uma jurisprudência em que o aborto pode ser realizado nos casos de fetos anencéfalos. A criminalização do aborto tem colocado as mulheres nas mãos de pessoas despreparadas, colocando em risco sua vida e saúde. As mulheres que tem melhores condições financeiras podem ter acesso a uma assistência mais qualificada e segura. Mas, essa nem sempre é a regra, Jandira – da reportagem acima- chegou a pagar 4 mil reais para realizar seu aborto, achando assim que estaria segura.
    As mortes de Jandira e Elizangela poderiam ter sido evitadas se no Brasil o aborto fosse legalizado e seguro. Outras tantas mulheres, ao invés de arriscarem sua saúde poderiam ter encontrado apoio dos serviços de saúde: acolhimento, informação, competência profissional, e respeito aos direitos sexuais e reprodutivos. Mas, por enquanto, fica a dor e o silêncio.

    Mulheres em luta por autonomia

    Em seu IV Congresso no ano de 1991, a Central Única dos Trabalhadores aprovou o posicionamento favorável a legalização e descriminalização do aborto.
    A legalização do aborto é parte de um conjunto de transformações necessárias que almejamos para uma vida livre, sem opressão dos padrões de sexualidade. Toda vez que ocultamos e silenciamos sobre este fato perdemos a oportunidade de adquirir maior conhecimento, informação, proteção e principalmente acolhimento e solidariedade.
    Lutamos pela legalização do aborto porque sabemos que existe uma dimensão de nossa sexualidade sobre a qual não temos controle. Mesmo que uma mulher nunca tenha realizado o aborto, ela sabe o quanto é difícil essa situação: um dia de atraso na menstruação é motivos de dúvidas, preocupação e angústia. Afinal, a pílula pode falhar, a camisinha estourar, e pior ainda, podemos estar sujeitas a uma situação de violência sexual.
    Nossa luta por autonomia passa por decidir se queremos ter filhos ou não, e também sobre o uso de métodos contraceptivos adequados ao nosso estilo de vida e principalmente a vivência de uma sexualidade livre, prazerosa e sem violência. Para isso, precisamos de um movimento amplo, capaz de mobilizar e alterar a correlação de forças de nossa sociedade e comprometido com a plataforma da Frente Nacional Contra a Criminalização das Mulheres e Pela Legalização do Aborto.Neste Dia de Luta pela Legalização do Aborto na América Latina, seguimos em defesa da vida das mulheres, com autonomia e igualdade em direitos e oportunidades. Sabemos que essa não é uma luta só das mulheres, mas da classe trabalhadora como um todo.  Pelas Jandiras e Elizangelas, pela vida das mulheres, legalizar o aborto!

    Escrito por:Rosane da Silva
    Secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT

     










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Angela R. Lima 01/10/2014
É incrível nos dias de hoje, com tantos métodos e até as pílulas do dia seguinte, uma mulher esperar entrar no 3 mês de gestação para interrompe-la. É certo que cada um é dono de seu corpo, mas teremos que prestar contas de tudo o que fizermos nesta vida. Morrer até que não é nada. O pior é o julgamento e a perda da vida eterna.

Denise Lobrigati 01/10/2014
Se as mulheres tem direito de matar um feto, deveria se lutar para PENA DE MORTE, pois qual o direito de um vagabundo matar e continuar vivendo?? É diferente?? FRANCAMENTE MULHERADA!!!! SE NÃO QUER MORRER DE ABORTO, QUE NÃO FAÇA!!!!

mirian passos 01/10/2014
cada quem faz o que quer do seu corpo mas vcs que são sindicato da saúde .Saude é vida e não crime vão cuidar dos nossos direitos de trabalhadores da saúde que vcs estarão fazendo o certo e que já estará de bom tamanho com tantos contraceptivos essa mulherada ainda está se enganando façam como eu fiz laqueadura com 28 anos ou lutem para o governo por anticoncepcional na cx dágua isso sinto muito mas são é promiscuas

mauro martins bagestero 01/10/2014
aborto e (crime) e pecado contra a vida e a Deus /

Andre Luciano Barros 01/10/2014
Se é um direito "ao nosso corpo", e o direito de viver "do corpo" do feto?

Janaina Luna 01/10/2014
Gostaria de tratar sobres as varias questões que envolve este tema mas vou tratar só de duas,a primeira é que como trabalhadora,entender e praticar, a concepção de um sistema único de saúde (SUS) e sua institucionalização por meio da Constituição foram um dos maiores avanços na luta pela construção de um país mais justo e menos desigual, é o nosso dever.A universalidade , a Equidade,e a Integralidade são princípios doutrinários que devem ser assegurados por todos os envolvidos, o ABORTO é um tema muito educativo, pq e suas consequências são questões de saúde publica. O papel do sindicato tanto questionado, não é só de assegurar os direitos mas também de alertar sobre os deveres.

SUELI TEREZINHA PAIXÃO 01/10/2014
Infelizmente nesse país precisa mesmo é levar o evangelho para tantas pessoas mal informadas, qto.a formação cristã.Descriminação racial é um problema vivido ainda neste país, mas descriminação social todos nós vivemos na pele.Qto. ao livre Arbítrio fica para quem quiser pensar nos seus atos e mais tarde saborear de sofrimentos plantados durante uma vida de erros e depois mais tarde falar que Deus é injusto não vendo seu sofrimento.

benedita lyra bruni 01/10/2014
Ninguém é a favor do aborto simplesmente, nós somos a favor do livre-arbítrio pois, enquanto cidadã, não posso querer que o que eu penso seja obrigatório para todos(as). Posso responder por mim: eu não faria aborto mas a minha opinião é que tenho que respeitar as outras opiniões. A desigualdade social é ainda muito grande e hoje só quem morre são as mulheres pobres, em suas maioria negras, e posso dizer isso com certeza já que sou da área da saúde. As ricas não "fazem abortos", elas têm "cólica renal", "infecção urinária", etc., e isso disfarçadamente em hospitais privados e em até alguns públicos. Então vamos deixar essa hipocrisia. Somos a favor da descriminalização do aborto. Religiosamente qual o mérito em não abortar porque é crime? Mérito é poder decidir e não fazer o aborto por convicção própria.

julio de jesus angelo 01/10/2014
sou totalmente contra e outra nosso corpo e templo do Espirito Santo, chega de exterminio seus assassinos, lute pelo bem do funcionario publico que e sua obrigaçao, quem pratica aborto e comungaado pelo capeta

Sebastiao Almeida 01/10/2014
Se vai ser um direito das mulheres,como explicar as crianças do sexo feminino que não terão direito de escolher viver quando estas forem para as clinicas de aborto legalizadas? E o direito deste ser onde estará? e uma vida gente não e um ser estranho vamos pensar nisso.

SUELI TEREZINHA PAIXÃO 01/10/2014
Aos Srs. Diretores do SINDSAUDE, com tanta matéria educativa para se colocar em um site, voces colocam a legalidade do Aborto, essa mulher não sem noção de ridícula que está sendo, ainda falar em sexo livre.E a educação cristã, onde está, e esses jovens lendo tudo isto? O que dizer SINDSAUDE?

Paulo Ferraz do Nascimento 01/10/2014
nao seria mais facil usar preservativo se quer transar e nao quer ter o filho? Fica ai a pergunta.