Notícia
É preciso falar sobre o câncer de mama
Em março de 2011 o governo federal lançou o plano de fortalecimento da rede de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer, com o objetivo de controlar o câncer do colo do útero, de mama e ampliação da assistência oncológica.
Entre as diversas ações estratégicas, estão a comunicação e a mobilização social, para difundir mensagens de detecção precoce do câncer e ações articuladas junto à sociedade e às instâncias de controle social no SUS.
No ano passado entrou em vigor uma lei federal que estabeleceu prazo de 60 dias para início de tratamento de câncer pelo SUS. Para ajudar e garantir que estados e municípios consigam gerir os serviços, o Ministério da Saúde criou um sistema de informação, controle e monitoramento das condições de atendimento.
Desde 8 de outubro até 7 de novembro, o Ministério da Saúde colocou em consulta pública o texto preliminar das diretrizes brasileiras para a detecção precoce do câncer de mama, para receber contribuições, devidamente fundamentadas, de toda a sociedade.
São importantes ações não somente para o acesso ao tratamento do câncer, conforme objetivos da Política Nacional de Atenção Oncológica, mas principalmente para a prevenção e a detecção precoce da doença.
É tempo de se cuidar. Um dos slogans da Campanha Outubro Rosa fala da prática de atividade física e do controle do peso e do consumo de álcool como forma de diminuir o risco de câncer de mama. E isso está diretamente relacionado a condições dignas de trabalho e vida da população.
Também há controversa sobre a mamografia. Apesar de não desconsiderar a importância do procedimento na detecção precoce do câncer, estudos científicos estimam que entre 15% e 20% dos diagnósticos são casos que não provocariam sintomas e nem levariam a paciente à morte. Por isso estar bem informada, debater o tema, fazer consultas médicas periódicas e o auto-exame regular devem ser práticas de toda mulher.
Vale lembrar que o câncer de mama, mais raramente, pode atingir os homens também.
Por fim, apesar das forças conservadoras terem derrubado no Congresso Nacional em 2007 a CPMF, retirando R$ 40 bilhões anuais do SUS, o recurso de saúde per capita passou de R$ 244,80 em 2003 para R$ 413,00 em 2013. E com a prevenção do câncer, o país gastará bem menos com tratamento e medicamentos de alto custo, ganhando toda a sociedade.