Notícia
Caindo aos pedaços. É assim que servidores estaduais do Departamento Regional de Saúde se referem ao prédio em que trabalham na cidade de Taubaté, a 130 km de São Paulo. Após anos de reclamação, a Secretaria Estadual de Saúde prometeu reformar o edifício e transferir seus funcionários para outro, já alugado. Mas a mudança não aconteceu um ano e quatro meses depois da assinatura do contrato e o edifício, sem uso, já custa R$ 522 mil aos cofres públicos.
O prédio da foto acima é onde funciona o Departamento Regional de Saúde de Taubaté, responsável por articular as ações de Saúde do Estado em 39 cidades do interior paulista. De acordo com funcionários que falaram com a reportagem sob anonimato, os problemas começam no encanamento, passam por janelas quebradas e chegam ao telhado envelhecido. "Em uma chuva forte esse ano, os computadores ficaram encharcados. A água descia tão forte pelas escadas que parecia uma cascata."
Diante do caos, a Secretaria de Saúde alugou um imóvel na Avenida Assis Chateubriant, 359, no bairro Independência. O contrato, assinado em julho do ano passado, previa aluguel de R$ 25 mil mensais por um ano. A Secretaria também desembolsou de última hora R$ 32.366,08, pagos à Still Office Móveis, para trocar o mobiliário, que, de tão velho, não resistiria à mudança.
Quando estava tudo pronto, a empresa de energia Bandeirantes embargou o prédio alugado após vistoria: as instalações elétricas eram insuficientes para suportar tantos equipamentos. Mas a adequação não saiu e o prédio ficou fechado por um ano e quatro meses, embora o aluguel continuasse a ser pago.
Crise na USP: Hospital Universitário corta de materiais a funcionários
Somente no dia 9 de outubro último foi publicada no Diário Oficial do Estado a autorização para a Demaio Engenharia e Comércio reinstalar a rede elétrica ao preço de R$ 45.500.
A Secretaria e a locatária prorrogaram o contrato por mais cinco meses ao valor de R$ 131.712,50 mais a diferença de 15 dias referente ao mês de julho: outros R$ 13.171,25, totalizando R$ 144.833,75.
O prédio pertence a Francisco Gonçalves de Carvalho, sócio majoritário da Santa Terezinha Veículos e Estacionamento Taubaté Ltda. A empresa, fundada em 2000, já faturou com aluguéis da Secretaria quatro vezes mais que seu capital, estimado em R$ 100 mil, segundo alteração contratual realizada no dia 14 de abril de 2004. Procurado pela reportagem, o empresário não retornou contato.
Também contatada pelo iG, a Secretaria Estadual de Saúde não respondeu até o fechamento da reportagem.
Caindo aos pedaços. É assim que servidores estaduais do Departamento Regional de Saúde se referem ao prédio em que trabalham na cidade de Taubaté, a 130 km de São Paulo. Após anos de reclamação, a Secretaria Estadual de Saúde prometeu reformar o edifício e transferir seus funcionários para outro, já alugado. Mas a mudança não aconteceu um ano e quatro meses depois da assinatura do contrato e o edifício, sem uso, já custa R$ 522 mil aos cofres públicos.
O prédio da foto acima é onde funciona o Departamento Regional de Saúde de Taubaté, responsável por articular as ações de Saúde do Estado em 39 cidades do interior paulista. De acordo com funcionários que falaram com a reportagem sob anonimato, os problemas começam no encanamento, passam por janelas quebradas e chegam ao telhado envelhecido. "Em uma chuva forte esse ano, os computadores ficaram encharcados. A água descia tão forte pelas escadas que parecia uma cascata."
Diante do caos, a Secretaria de Saúde alugou um imóvel na Avenida Assis Chateubriant, 359, no bairro Independência. O contrato, assinado em julho do ano passado, previa aluguel de R$ 25 mil mensais por um ano. A Secretaria também desembolsou de última hora R$ 32.366,08, pagos à Still Office Móveis, para trocar o mobiliário, que, de tão velho, não resistiria à mudança.
Quando estava tudo pronto, a empresa de energia Bandeirantes embargou o prédio alugado após vistoria: as instalações elétricas eram insuficientes para suportar tantos equipamentos. Mas a adequação não saiu e o prédio ficou fechado por um ano e quatro meses, embora o aluguel continuasse a ser pago.
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Somente no dia 9 de outubro último foi publicada no Diário Oficial do Estado a autorização para a Demaio Engenharia e Comércio reinstalar a rede elétrica ao preço de R$ 45.500.
A Secretaria e a locatária prorrogaram o contrato por mais cinco meses ao valor de R$ 131.712,50 mais a diferença de 15 dias referente ao mês de julho: outros R$ 13.171,25, totalizando R$ 144.833,75.
O prédio pertence a Francisco Gonçalves de Carvalho, sócio majoritário da Santa Terezinha Veículos e Estacionamento Taubaté Ltda. A empresa, fundada em 2000, já faturou com aluguéis da Secretaria quatro vezes mais que seu capital, estimado em R$ 100 mil, segundo alteração contratual realizada no dia 14 de abril de 2004. Procurado pela reportagem, o empresário não retornou contato.
Também contatada pelo iG, a Secretaria Estadual de Saúde não respondeu até o fechamento da reportagem.
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2014-12-03/secretaria-de-saude-de-sp-gasta-r-522-mil-com-aluguel-de-predio-que-segue-vazio.html
Célia Ribeiro | 03/12/2014 |