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    Câmara vira as costas ao trabalhador e aprova terceirização em atividade-fim
    Autor: CUT
    23/04/2015

    Crédito Imagem: CUT

    CUT continuará nas ruas, preparando um 1º de maio forte e, “se necessário, uma greve geral”

    Escrito por: Igor Carvalho - CUT Nacional

     

    Na noite da quarta-feira (22), a Câmara dos Deputados, sob o comando de seu presidente, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apunhalou os trabalhadores e suas conquistas históricas aprovando a emenda que autoria a terceirização em atividade-fim nas empresas do País.

     

    Ao todo, 230 deputados votaram favoráveis à emenda e 203 contra. A proposta foi apresentada pelo relator do projeto, o deputado federal Arthur Maia (SD-BA). O PT apresentou um proposta que contrariava essa emenda, mas ela não foi apreciada.

    Além da terceirização em atividade-fim, a Câmara também aprovou a emenda que reduz de 24 para 12 meses, a quarentena que o ex-funcionário de uma empresa deve cumprir para que possa prestar serviços por meio de uma terceirizada.

    “A luta não acaba com a votação na Câmara, o projeto ainda passará no Senado. Nós estaremos na rua e teremos um 1º de maio de luta. Vamos ampliar as mobilizações, fazer novos dias de paralisações e, se necessário, uma greve geral para barrar esse ataque nefasto e criminoso aos direitos da classe trabalhadora brasileira”, declarou o presidente da CUT, Vagner Freitas.

    Para a secretária nacional de Relações do Trabalho da CUT, Graça Costa, o caminho deve ser uma greve geral para contestar a aprovação do PL 4330 na Câmara dos Deputados.

    “Nós nos deparamos com uma aberração no Parlamento. Não tem espaço para o debate e não tem acesso dos trabalhadores para discutir com os parlamentares. Se discute a matéria e no outro dia se volta tudo atrás. A partir de amanhã, vamos intensificar as mobilizações. Vamos fazer um 1º de maio forte e aglutinar forças para uma greve geral”, afirmou Graça.

    O povo fora da Casa

    Desde às 14h desta quarta-feira (22), trabalhadores concentraram à frente do Anexo 2 da Câmara dos Deputados, aguardando uma liberação para que acompanhassem a votação do PL 4330. Porém, autoritariamente e sem qualquer motivo, o presidente da Casa proibiu que o povo estivesse no local.

    “Isso aqui é a Casa do povo, não é a Casa do Cunha”, discursava Vagner Freitas, após a última de inúmeras tentativas de acessar as galerias da Câmara. “É um absurdo o que está sendo feito, isso me lembra a ditadura militar, Eduardo Cunha é um ditador”, afirmou a deputada federal Moema Gramacho (PT-BA).   










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Angelo D Agostini 23/04/2015
O projeto de terceirização foi aprovado para toda área fim, inclusive setor público, foi uma derrota, porém alguns dados podem nos preparar para os próximos passos: 1. O projeto ainda vai para o Senado, onde podemos pressionar como fizemos na Câmara; 2. Se aprovado no Senado o projeto pode ser vetado pela presidenta Dilma, o PT já se posicionou pelo veto da presidenta, como parte da base aliada vai pressionar a presidenta a aceitar o projeto temos que tornar publica nos da posição pelo veto; 3. Se a presidenta vetar o Veto volta para o Senado, à votação de ontem foi apertada (230 a 203), portanto tem condições de reverter a favor do veto, já que no caso de veto precisa dois terços dos deputados para derrubar o veto; 4. Veja a lista de como votaram os deputados ontem por estado e por partido em: http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/plenario/votacao/chamadaExterna.html?link=http://www.camara.gov.br/internet/votacao/default.asp?datDia=22/4/2015&numSessao=78