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    Crítica e esperança em meio à crise
    Autor: Revista Radis
    03/09/2015

    Crédito Imagem: Revista Radis

    Pesquisadores, professores e profissionais reunidos no Abrascão reafirmam luta pelo direito à saúde e pela democracia, diante de enxurrada de ameaças

    Crise: a palavra do momento foi o centro das reflexões do 11º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, o Abrascão, organizado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), entre 28 de julho e 1º de agosto. Um total de 4.555 pesquisadores, professores, estudantes, técnicos, gestores, profissionais e militantes da Saúde Coletiva, reunidos no campus Samambaia da Universidade Federal de Goiás, em Goiânia, buscou apontar caminhos para reverter ameaças às áreas que compunham o tema geral do evento — “Saúde, desenvolvimento e democracia: o desafio do SUS universal”. Falou-se sobre ajuste fiscal, Congresso conservador, tentativa de golpe, avanço do capital sobre o direito à saúde, subfinanciamento e desigualdade. Mas também sobre resistência, ativismo e esperança. Ao final de 118 mesas-redondas, quatro grandes debates e 6.263 apresentações de trabalho, os participantes do Abrascão aprovaram a “Carta de Goiânia” como documento-síntese das discussões e propostas para a Saúde Coletiva no Brasil. Seu trecho final indica: “Que não ousem tocar no direito à saúde! Nós resistiremos!”
    A frase foi adaptada do discurso do então presidente da Abrasco Luis Eugenio Portela, professor do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia, na abertura do encontro — Gastão Wagner, professor de Medicina Preventiva e Social da Universidade Estadual de Campinas, foi eleito para substituí-lo à frente da organização até 2018 (leia entrevista na pág. 30). “Não permitiremos a falência do SUS ou da democracia! Que os inimigos do povo não ousem tocar no direito à saúde! Nós resistiremos!”, disse Luis Eugenio, para logo em seguida ser ovacionado pela plateia.
    O tema do Abrascão 2015 fora escolhido um ano e meio antes, relembrou ele, na expectativa de se discutir como inserir o SUS em um processo de desenvolvimento econômico e social e de ampliação da democracia. “A década anterior, de melhoria das condições de vida de milhões de brasileiros, nos incitava a apontar os limites e a querer mais: desenvolvimento sustentável, superação das desigualdades históricas, soberania nacional, democracia participativa, políticas universalistas…”, explicou.
    Mas, passada a eleição presidencial de 2014, abriu-se espaço para “facções conservadoras que não se intimidam em destilar sua aversão às instituições democráticas”, nas palavras de Luis Eugenio. E o governo, “ao invés dos ajustes necessários para a continuidade do crescimento e da redução das disparidades sociais”, deu início a “uma reorientação radical da política econômica, a qual tem provocado recessão, desemprego e diminuição de investimentos nas políticas sociais”.
    LEIA NA ÍNTEGRA: http://www6.ensp.fiocruz.br/radis/revista-radis/156/reportagens/critica-e-esperanca-em-meio-crise

     

     










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