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    Sobre diabetes e política
    Autor: Revista Radis
    08/10/2015

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    Nesta edição, mais um tema sugerido por esse verdadeiro conselho editorial composto por nossos 86 mil leitores, entre trabalhadores, conselheiros, gestores, estudantes, professores, pesquisadores, ativistas, especialistas e usuários da saúde pública.
    Segundo a Federação Internacional do Diabetes (IDF), há 387 milhões de pessoas vivendo com diabetes no mundo, 80% delas nos países de média e baixa renda. Muitos desconhecem sua condição, o que torna esta, uma epidemia silenciosa. Cerca de 9 milhões de brasileiros acima de 18 anos sabem que possuem a doença, calcula o IBGE. Estimular e viabilizar o diagnóstico, prover informações adequadas e garantir o acesso a medicamentos e materiais essenciais para o controle da glicose são alguns dos desafios do SUS.
    Há dois tipos de diabetes: a que geralmente aparece na infância, quando pouca ou nenhuma insulina é liberada pelo corpo, que tem origem genética e corresponde a 10% dos casos; e a que mais frequentemente é desenvolvida a partir dos 40 anos, quando o corpo não utiliza adequadamente a insulina que produz — 90% dos casos. O repórter Luiz Stevanim ouviu pessoas com a doença e seus familiares sobre as possibilidades e dificuldades de levar a vida em equilíbrio e de obter o tratamento no SUS, além de pesquisadores e profissionais de saúde.
    A tendência é que a prevalência da diabetes na população continue crescendo na próxima década, em função do envelhecimento populacional e de fatores de risco como sobrepeso e obesidade, falta de exercícios físicos, hipertensão e colesterol alto, além de histórico familiar. As condições de vida e a obesidade, com a ingestão de alimentos mais calóricos (e mais baratos), estão associados ao aumento do diabetes entre a população mais pobre e menos alfabetizada. A preocupação aumenta diante dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo IBGE em 2013, que revelam a obesidade de adultos e crianças como um dos principais problemas atuais de saúde no Brasil.
    Segue a crise política e econômica no país, tendo como desdobramento a ocupação por correntes conservadoras de mais espaço no governo e no Congresso, suprimindo direitos e políticas sociais e colocando em risco populações pobres ou tradicionais e o meio ambiente. O Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) sinaliza que os ajustes fiscais praticados e propostos este ano, com base em contingenciamento de orçamento público e penalização dos trabalhadores, vai agravar o subfinanciamento da Saúde. Faltou coragem para tributar grandes fortunas e destinar estes recursos e os da nova CPMF para o SUS, critica Ana Costa, presidente do Cebes.

    Aproveitamos a vinda ao Brasil do ex-presidente uruguaio, Pepe Mujica, para fazer um registro dos avanços e o legado para a Saúde conquistados no país vizinho. Em tempos de frustração com a macro política, registramos experiência articulada pelas populações tradicionais da região de Paraty, divisa entre Rio e São Paulo, voltada à sustentabilidade, com base no diálogo entre os saberes científico e popular. O tema da participação popular é central também na caminhada em direção à 15ª Conferência Nacional de Saúde, em dezembro, espaço privilegiando para uma mobilização em defesa do SUS.
    Leia mais acessando o link da revista abaixo:

    http://www6.ensp.fiocruz.br/radis/revista-radis/157/editorial/










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