Frente Brasil Popular marca ato para o dia 13 em Brasília
Autor: CUT-SP
03/11/2015
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Mais de 66 movimentos sociais, entre eles a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que compõem a Frente Brasil Popular (FBP) decidiram ir às ruas em Brasília no próximo dia 13 de novembro. A decisão foi tomada na reunião do Coletivo Nacional da FBP, que aconteceu nesta segunda (26) na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (CONTRAF-CUT), em São Paulo.
Diante de pautas conservadoras, lideradas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que tira direitos dos trabalhadores e atacam os princípios da democracia, tentando deslegitimar a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, eleita democraticamente. E contra decisão do governo que implementa medidas fiscais antipopulares que prejudicam a classe trabalhadora, movimentos se organizam nacionalmente pra defender o país.
Para a secretária de Mobilização e Relação com Movimentos Sociais da CUT, Janeslei Albuquerque, a unidade dos movimentos e a mobilização são fundamentais para enfrentar este momento tão dificil na conjuntura política e economica do país.
“Só com povo na rua, numa luta forte e unitária, teremos condições de sermos vitoriosos numa luta democrática contra a direita golpista e contra a ofensiva conservadora sobre os direitos civis, sobre os direitos sociais e direitos políticos”.
O dia 13 foi escolhido porque entre os dias 12 e 15 de novembro, acontecerá na capital federal, o 41º Congresso da UBES, que tem previsão de reunir mais de 15 mil jovens. A ideia é unir as pautas e fazer um grande ato.
“Nos somaremos a passeata dos jovens da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e faremos uma grande manifestação em Brasília em defesa da democracia, em defesa dos direitos dos trabalhadores, em defesa da mudança da política econômica e em defesa da Petrobras”, justifica o coordenador Nacional do Movimento Sem Terra (MST), João Pedro Stédile.
Para a presidenta da UBES, Barbara Melo, esta decisão só confirmou a unidade da Frente. “A gente acredita que neste momento da conjuntura, com risco de golpe e o avanço do conservadorismo, só com unidade dos movimentos sociais é que iremos ter conquistas. O grito “Fora Cunha” dá unidade para toda a sociedade brasileira”.
Segundo a presidente da CUT Minas Gerais, Beatriz Cerqueira, que compõe a frente estadual, pautas como a atual política econômica e as retiradas de direitos, que mexem na vida dos trabalhadores, também dialogam com a população. “A gente precisa dialogar pra além de nós mesmos, precisamos conversar com a classe trabalhadora em geral para não aderir ao um conservadorismo cada vez mais reinante nos meios de comunicação. Porque nós sabemos que uma saída pela esquerda é possível”.
Para Orlando Guilhon, do Fórum Nacional Pela Democratização da Comunicação (FNDC) no Rio de Janeiro, a Frente tem outro grande desafio. “Tem que tentar resgatar a discussão de um projeto para o país com reformas estruturantes, que desde o governo João Goulart vem discutindo e que nunca conseguiu colocar em prática”.
Para Stédile a pauta é uma só: defender o Brasil. “E isso só será possível se as forças populares forem constituindo frentes, alianças que não tiram as especificidades de cada movimento, porém aglutinando aquilo que é fundamental pra alterar a correlação de forças, que é a mobilização popular”.
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