Notícia
Há seis anos lutando contra um câncer de mama, que acabou se espalhando pelo corpo, a contadora Márcia Cândido teve o tratamento quimioterápico interrompido por falta de medicação no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP). Sem saber quando voltará a se tratar, a paciente diz temer que a doença progrida pela falta das sessões.
“A notícia me deixou desesperada. Eu tenho medo de que minha doença evolua e não é só por mim, mas por todos os pacientes. Quem tem câncer não tem tempo”, reclamou Márcia, que foi dispensada da quimioterapia na quarta-feira (6).
Segundo o superintendente do hospital, Benedito Carlos Maciel, o caso é pontual e não há falta de recursos. Maciel explicou que houve um atraso na entrega de um medicamento pelo fornecedor, mas a substância seria reposta nesta sexta-feira (8).
Apesar da justificativa, a contadora diz que precisa realizar as sessões, já que a doença é muito agressiva. Márcia contou que, após o diagnóstico, os compromissos foram substituídos por consultas a cada 20 dias e tratamentos de quimioterapia durante três semanas por mês.
"Eu estou desesperada. A gente está falando de câncer, não de gripe ou unha encravada. E eu não devo ser a única. Os enfermeiros nos olham e não sabem mais o que dizer. Essa é a primeira vez que passo por isso. Eu tenho medo que a minha doença evolua", afirmou.