Servidores do HC de Ribeirão Preto fazem greve e panelaço por reajuste
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    Servidores do HC de Ribeirão Preto fazem greve e panelaço por reajuste
    Autor: G1
    21/06/2016

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    Paralisação iniciada há 10 dias parou parte de cirurgias eletivas em campus.

    Emergência também tem adesão, diz sindicato; Estado analisa proposta.

    Do G1 Ribeirão e Franca

    Um impasse salarial paralisa parte dos atendimentos no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP) há dez dias. Servidores do campus da USP e da unidade de emergência (HC-UE) têm organizado protestos diários com panelaços e apitaços (veja vídeo) contra a ameaça de redução de benefícios e por um reajuste de 43% na remuneração.

    Em nota, o Hospital das Clínicas informou que as negociações salariais devem ser discutidas com o Estado e que apenas 80 dos cinco mil funcionários do HC estão em greve e que a paralisação não chegou à unidade de emergência.

    A Secretaria da Saúde, por outro lado, confirmou que analisa as reivindicações do sindicato, mas que espera que o atendimento nos hospitais estaduais não seja prejudicado.

    Servidores do HC em greve

    A categoria pede reposição salarial de 41%, referente a perdas inflacionárias entre 2011 e 2015, mais 2% de ganho real e aumento de R$ 8 para R$ 34 no vale-refeição. Além disso, reclama contra a possibilidade de corte no prêmio de incentivo para novos funcionários.

    Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde do Estado de São Paulo (SindSaúde-SP), a medida fará com que servidores deixem de receber o valor proporcional no pagamento de benefícios como o 13º salário - medida que não vale para trabalhadores já atuam nas unidades.

    Servidores fazem panelaço no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, SP.

    "Não vamos esperar eles cortarem [o prêmio incentivo] dos novos depois cortar da gente", afirmou Ricardo de Oliveira, diretor de relações do trabalho do SUS no sindicato.

    Nas contas da entidade, a paralisação tem adesão de 40% dos trabalhadores da unidade campus - entre enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, equipes de apoio e do setor administrativo - e tem afetado principalmente as cirurgias eletivas e os atendimentos e exames em endoscopia e radiologia. Os procedimentos de urgência, no entanto, estão mantidos.

    Parados há dez dias, os funcionários têm organizado manifestações, como panelaços, como os realizados na última semana. Nesta segunda-feira (20), um grupo participou de uma passeata com cartazes.

    A greve também ganhou a adesão, a partir desta segunda, de 10% dos servidores da unidade de emergência do HC, informou o SindSaúde.

    Segundo Oliveira, os servidores não receberam proposta da direção do hospital.

    "Mandaram através de ofício que é possível conversar, mas não marcaram nenhuma reunião. Acho que querem ver até onde a gente vai segurar a greve", diz.

    Por outro lado, confirmou que, em reunião na Secretaria de Estado da Saúde, o sindicato recebeu uma proposta, ainda não avaliada, de aumento de 12,31% no salário base mais R$ 16 no vale-alimentação.

    Hospital das Clínicas

    Em nota, o HC informou que 80 dos 4,9 mil funcionários do hospital estão em greve e que oito das 17 salas de cirurgias eletivas funcionam normalmente, assim como os demais serviços.

    Também comunicou que as reivindicações salariais são de competência do governo estadual e dependem de aprovação na Assembleia Legislativa. "Não obstante, o hospital já abriu negociações, porém, os representantes do sindicato não deram retorno", comunicou. 

    Com relação aos cortes no prêmio de incentivo, o HC comunicou que a medida foi tomada em cumprimento a uma determinação amparada pela Procuradoria Geral do Estado.

    A decisão tem base no entendimento do Tribunal Superior do Trabalho de que o benefício não deve ser incorporado ao salário. "Assim, o hospital não teve alternativa, a não ser editar a Portaria HCRP no. 82/16, excluindo o pagamento dos reflexos do Prêmio Incentivo, (13º salário, férias e FGTS) aos novos servidores."

    Estado

    A Secretaria de Estado da Saúde confirmou que, nesta segunda-feira, o secretário David Uip se reuniu com representantes do SindSaúde e que as queixas da categoria estão em análise.

    "Enquanto isso, espera-se que o atendimento nos hospitais e ambulatórios estaduais não seja interrompido", informou.

    Comunicou ainda que reajustes aplicados em 2014 equipararam os salários dos trabalhadores aos do setor privado e que está aberta ao diálogo com o setor, com o qual tem se reunido mensalmente.

    "Somente para os funcionários ligados à assistência, os reajustes chegaram a até 43%", alegou.

    http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2016/06/servidores-do-hc-de-ribeirao-preto-fazem-greve-e-panelaco-por-reajuste.html










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