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    Greve continua
    Autor: SindSaúde-SP
    28/06/2016

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    Trabalhadores públicos da Saúde no estado de São Paulo decidiram hoje, 28/06, em assembleia geral fortalecer a greve iniciada em 30 de maio. A deliberação se deve ao não avanço das negociações com o governo Alckmin.

    No dia 4 de julho, data da próxima mesa de negociação, haverá passeata dos trabalhadores da Capital e Grande São Paulo, todos vestidos de branco, do Masp (avenida Paulista) até a Secretaria da Saúde (Metrô Clínicas), onde será realizado ato, aguardando o resultado da negociação.

    E a próxima Assembleia Geral será dia 7 de julho, quinta-feira, às 10 horas, na Quadra dos Bancários, rua Tabatinguera, 192 (Metrô Sé).

    A data base da categoria é 1º de março. Desde então o SindSaúde-SP busca a negociação da pauta de reivindicações dos trabalhadores. Com a greve, o secretário da Saúde David Uip se reuniu com o Sindicato no dia 20 de junho.

    Mesa de negociação de 20/06

    Nessa reunião, o secretário informou que havia conversado com o governador e que poderia haver uma negociação sobre um índice de reajuste salarial menor e um aumento no vale refeição também abaixo do reivindicado.

    Também afirmou que o retorno do DPME e do IAMSPE, outro ponto da pauta, estava acertado. E se comprometeu a articular dentro do Governo o encaminhamento do projeto sobre a inclusão do Prêmio de Incentivo nas férias e no 13º salário, para votação na Assembleia Legislativa.

    O secretário também solicitou ao Sindicato que a greve fosse encerrada ou pelo menos suspensa enquanto estivessem em negociação. E agendou nova reunião para 27 de junho.

    Assembleia Geral, de 23/06

    Os trabalhadores em assembleia geral no dia 23 de junho decidiram permanecer em estado de greve, respeitando as deliberações das assembleias regionais e locais, debater o andamento das negociações com o governo, avaliar o resultado da mesa de 27 de junho e decidir a continuidade da Campanha Salarial em nova assembleia de hoje, 28/06.

    Mesa de negociação, de 27/06

    Na reunião com o secretário da Saúde, dia 27/06, nada avançou. O governo recuou e pediu mais uma semana para apresentar uma contraproposta. A próxima reunião foi agendada para 4 de julho.

    Assembleia Geral, de 28/06

    E os trabalhadores decidiram em assembleia hoje, 28/06, manter, ampliar e fortalecer a greve contra o desrespeito e o descaso do Governo Alckmin com os trabalhadores e usuários da Saúde pública no estado de São Paulo.

     

    Próximas atividades

    04/07 – Mesa de negociação na Secretaria da Saúde

    04/07 – Passeata da Saúde - trabalhadores da Capital e Grande São Paulo (concentração no Masp – avenida Paulista – 10h e caminhada até a Secretaria Estadual da Saúde – Av. Dr. Eneas Carvalho de Aguiar, 188 – Metrô Clínicas)

    07/07 – Assembleia Geral, 10 horas, na Quadra dos Bancários (Rua Tabatinguera, 192 – Metrô Sé)

     

    Cronologia da Campanha Salarial

    26/02 - Assembleia Geral aprova pauta de reivindicações

    14/03 - Assembleia Geral aprova paralisação de 48 horas e greve

    12 e 13/05 - Paralisação de 48 horas

    13/05 - Assembleia Geral reafirma greve

    30/05 – Início da Greve

    07/06 - Conselho de Delegados Sindicais de Base

    17/06 - Comando de Greve

    20/06 – Mesa de negociação

    23/06 – Assembleia Geral

    27/06 – Mesa de negociação

    28/06 – Assembleia Geral

    04/07 – Mesa de negociação

    04/07 – Passeata da Saúde

    07/07 – Assembleia Geral

     

    Pauta de Reivindicações

    1. Cumprimento da data base - março

    Aprovada por lei em 2006 (Lei 12.391, de 23/05/06) e em vigor desde 2007, nunca foi cumprida pelo governo do estado.

    2. Reposição das perdas salariais de 29,36%

    Perdas de 2011 a 2015 conforme Índice do Custo de Vida do Dieese 29,36%.

    3. Reajuste linear de 12,31%

    a. Inflação de março de 2015 a fevereiro de 2016, conforme o ICV Dieese;

    b. Aumento real de 2%, levando em conta as dificuldades financeiras do Estado.

    4. Reajuste do valor do vale refeição para R$ 34,19

    Os levantamentos periódicos do custo das refeições fora de casa comprovam a defasagem do auxílio-alimentação de R$ 8,00 pagos pelo governador para os trabalhadores da saúde. Os R$ 34,19 reivindicados é a média dos preços praticados no estado. Os funcionários da Assembleia Legislativa de São Paulo, por exemplo, recebem um vale de R$ 41,24 desde 1º de março.

    5. Duplo vínculo

    Pagamento de todos os benefícios para cada vínculo de trabalho, tendo em vista que cada vínculo caracteriza um contrato de trabalho diferente, com todos os direitos do cargo.

    6. Reajuste do valor do prêmio de incentivo

    De forma igual para toda a categoria, inclusive os aposentados, reduzindo as distorções nos valores que desvirtuaram a proposta inicial de, com recursos do SUS, incrementar e aprimorar os serviços prestados, o que não se consegue individualmente, mas pelo esforço de uma equipe.

    7. Reajuste da UBV

    A Unidade Básica de Valor (UBV), que é base de cálculo de gratificações e outras vantagens pecuniárias, congelada desde sua aprovação em 2008 no valor de R$ 100,00. Se pelo menos fosse corrigida pela inflação do período a UBV valeria hoje R$ 156,00.

    8. Dpme e Iamspe

    Retorno do DPME (Departamento de Perícias Médicas do Estado) e Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual) da Secretaria de Planejamento para a Secretaria Estadual da Saúde e aumento na Gratificação pelo Desempenho e Apoio à Assistência Médica ao Servidor Público Estadual - GDAMSPE - e na Gratificação pelo Desempenho e Apoio à Atividade Médico Pericial – GDAMP.

    9. Projeto do Prêmio de Incentivo

    Encaminhamento para a Alesp do projeto de lei complementar que inclui o Prêmio de Incentivo nas férias e 13º salário









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renato 28/06/2016
judiciário e executivo tem previlegios e o estado ? esse Pais é uma palhaçada

ELAINECRISTINAFELICIANODOSSANTOS 28/06/2016
Gostaria de saber sobre o processo do PI dos municipalizados ja que faz anos que vcs deram entrada e nem estou mais no Posto de Saúde

CliaRibeiro 28/06/2016
... o secretário informou que o Governo avaliou inviável negociar o índice de 41,67%. Porém na mesa de negociação a Secretaria e o Sindicato construíram uma proposta para ser levada ao Governador de aumento no vale refeição de R$ 8,00 para R$ 16,00 e aumento de 12,31%. ... Então NÃO HAVERÁ AUMENTO, apenas reposição inflacionária, acredito que tem que ter, no mínimo, um compromisso de escalonamento p/ minimizar as perdas salariais que já estão em 30%. De resto é muita humilhação ter que negociar em cima de um vale que não vale um quarto de uma alimentação no dia, negociar a incompetência de se reajustar uma "moeda" travestida de Unidade Básica de Valor (UBV); bah..., deixa prá lá.