'Querem a transferência dos recursos da saúde para os mercantilistas',
Sindicato unido e forte
desde 1989


    'Querem a transferência dos recursos da saúde para os mercantilistas',
    Autor: Rede Brasil Atual
    26/07/2016

    Crédito Imagem:

    'Querem a transferência dos recursos da saúde para os mercantilistas', diz médico

    Para médico do Hospital do Servidor David Braga Júnior, cortes no SUS e propostas de alteração no modelo de gestão mostram "má-fé, má intenção e ignorância" do governo Temer
    por Redação RBA publicado 25/07/2016 17:01, última modificação 25/07/2016 17:09
    MEMÓRIA/EBC
    sus1.jpg

    'Saúde não é negócio, não é comércio nem mercadoria', disse o médico

    São Paulo – “Que o (ministro interino da Saúde) Ricardo Barros tenha sucesso vendendo plano de saúde em outro lugar, não no SUS”, afirma o médico do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) de São Paulo David Braga Júnior. Especialista em políticas públicas na área da Saúde, o médico concedeu entrevista à Rádio Brasil Atual, na qual apontou "má-fé, má intenção e ignorância de um governo provisório e um ministro provisório", sobre propostas de mudanças no SUS, que circulam pelo Legislativo, por iniciativa do governo provisório.

    Entre outras polêmicas, Braga não possui formação em Medicina e defendeu a criação de "planos de saúde populares", o que mostra sua posição contrária ao que determina a Constituição, que é o empenho do Estado pela universalização do Sistema Único de Saúde (SUS). "Para começar, o SUS não é assistência médica", explicou Braga Júnior. "O SUS atua em desembarque de navios, vacinações coletivas e aeroportos, não é uma assistência barata", observa.

    O médico rechaça a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que prevê o corte de R$ 12 bilhões da Saúde. "Saúde não é negócio, comércio nem mercadoria. Não pode ser modificada por alguém que está na pasta de forma transitória. Isso demorou 40 anos para ser construído. Não devem discutir gastos como se fosse igual a custo e ao preço (...) O Brasil envelhece rapidamente e não tem doença barata para atender idoso", diz.

    "Tem que trabalhar, mesmo que se discuta de forma rasteira, gasto, custo e preço. O gasto não pode ser superior à capacidade de sustentação da economia, mas nós temos a sétima economia do mundo. Essa história de que não tem dinheiro é porque querem a transferência dos recursos da saúde para os mercantilistas da saúde privada, visando ao lucro. Da mesma forma como querem dinheiro dos bancos públicos nas mãos dos bancos privados", afirmou.

    http://migre.me/urPi3










Ao clicar em enviar estou ciente e assumo a responsabilidade em NÃO ofender, discriminar, difamar ou qualquer outro assunto do gênero nos meus comentários no site do SindSaúde-SP.
Cadastre-se









Sim Não