CARTA DE REPUDIO DOS TRABALHADORES DO HOSPITAL IPIRANGA
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    CARTA DE REPUDIO DOS TRABALHADORES DO HOSPITAL IPIRANGA
    Autor: SindSaúde-SP
    08/08/2016

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    Vimos por meio desta manifestar nosso repúdio às intenções truculentas de manobras para parar o movimento de organização dos trabalhadores do hospital Ipiranga, que lutaram por melhores condições de trabalho e uma remuneração mais justa.

              No dia 09/06/2016 após assembleias foi deliberado o movimento de paralisação em ato de greve pelos trabalhadores deste equipamento de saúde. No entanto, os direitos de nós trabalhadores foram brutalmente atingidos, sendo que no dia 10/06/2016 os trabalhadores que aderiram ao movimento de paralisação foram impedidos de entrarem ao refeitório e foram duramente hostilizados pela diretoria do hospital.

              O comando de greve que foi instituído internamente pelos trabalhadores e representantes do SindSaúde-SP para organizar o movimento, realizou várias assembleias para dialogar com os trabalhadores e notificar à direção do hospital quanto à decisão de adesão à greve e quanto ao movimento de paralisação de nossas atividades.

              Foi proposto pelo comando da greve o revezamento dos trabalhadores que decidiram aderir ao movimento de greve para assim não sobrecarregar os trabalhadores e não prejudicar a assistência dos serviços do hospital bem como aos pacientes que se encontravam internados,  ao atendimento das áreas críticas e essenciais, assim com o atendimento de urgência e emergência no pronto socorro.

             No entanto essa proposta não foi aceita pela direção do hospital, adotando uma postura de repressão e assédio aos trabalhadores.

           A complementação do quadro de pessoal por meio de plantões extras foi utilizado com o intuito de desmobilizar a nossa organização. Setores essenciais ficaram descobertos por opção da direção em não realizar o remanejamento necessário e que antes da greve era feito todos os dias conforme a necessidade dos setores.

            A presença da polícia militar por diversas vezes foi solicitada, com as alegações inverídicas de que os grevistas estavam proibindo a entrada dos pacientes ao pronto socorro, constatado que não estava ocorrendo.
          
              No dia 23/06/2016 mais uma truculenta ação que ordenou que os seguranças proibissem a entrada dos trabalhadores ao estacionamento, realizando um tipo de triagem com o intuito tão somente de discriminar os colegas que estavam em mobilização, e mais uma vez os trabalhadores foram hostilizados e passaram por  constrangimentos e humilhação inaceitáveis.
         
                Após a suspensão da greve e manutenção do estado de greve aprovado em assembleia geral, a mais cruel das artimanhas de ataques aos trabalhadores vem ocorrendo: a direção optou por colocar a falta greve no ponto dos trabalhadores que  legitimamente se manifestaram, o critério utilizado para a codificação  no último dia de fechamento da frequência, não foi somente ter feito a greve, pois trabalhadores que aderiram ao movimento posteriormente tiveram seus pontos codificados, desde o dia 09, e outros que tiveram desde o início não tiveram seus pontos codificados, uns totalmente e outros parcialmente . Alegando ter recebido ordens da secretaria da saúde, a nossa maior indignação diante deste fato, é que até a secretaria da saúde foi seletiva em ordenar a efetivação do código falta 226, pois diante de diversas unidades de saúde mobilizadas na greve a secretaria da saúde ordenou o corte de ponto do Hospital Ipiranga e de mais dois hospitais.
        
          O que se explicita com estas ações discriminatórias tem por  objetivo causar o confronto entre os trabalhadores para impedir a nossa organização sindical.

               Não vamos aceitar calados os ataques frontais aos nossos direitos. 









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