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    Estudantes são impedidos de acompanhar CPI da merenda na Assembleia Legislativa
    Autor: CUT-SP
    10/08/2016

    Crédito Imagem: CUT-SP

    Estudantes secundaristas foram impedidos na manhã de hoje (9) de acompanhar a reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga desvios de verba e pagamento de propina a membros do governo de Geraldo Alckmin (PSDB) em contratos da merenda escolar. Um grande contingente de policiais está impedindo a entrada dos discentes no Plenário Dom Pedro I da Assembleia Legislativa de São Paulo.

    O diretor da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes) Daniel Cruz foi empurrado por policiais na entrada do plenário após gritar "Zerbini hipócrita", ao ser impedido de entrar. Marcos Zerbini (PSDB) é o presidente da comissão. "Estudantes que ocuparam a assembleia já foram inquiridos. Mas o presidente da Casa, deputado Fernando Capez (PSDB), que acumula denúncias, não", disse Cruz.

    Ontem (8), foi divulgado um cheque apreendido pela Polícia Civil, na Operação Alba Branca, que era dirigido a um assessor de Fernando Capez, presidente da Assembleia, no valor de R$ 50 mil. "Nós somos afetados pelo roubo da merenda e não podemos assistir? Isso é uma CPI chapa branca, para defender os ladrões da merenda", afirmou Cruz.

    O plenário está ocupado por jornalistas e assessores dos deputados que participam da CPI. A parte superior foi ocupada por pais de estudantes da escola Parque Anhanguera do bairro Sol Nascente, em Perus, zona norte. Eles disseram que vieram para "ver o que estava acontecendo". "Queremos entender os problemas das escolas e explicar para nossos filhos e vizinhos", afirmou Lucinaldo Ferreira, que afirmou não ter amizade com o deputado Marco Zerbini, que é da região. Porém, em seu Facebook, Ferreira compartilha materiais políticos do deputado tucano.

    Os estudantes dizem que eles foram trazidos por Zerbini para ocupar o plenário e impedir a entrada dos estudantes.

    Para o deputado estadual Alencar Santana (PT), único membro da oposição no colegiado, o presidente da comissão quer evitar a pressão dos estudantes. "A CPI está com medo da população? O que justifica essa ação? Se não fossem os estudantes nem haveri CPI", afirmou.

    Zerbini admitiu que os protestos dos estudantes foram determinantes para a medida. "É preciso garantir a tranquilidade dos depoentes. Os protestos anteriores não foram pautados pelo respeito aos deputados", disse. Ele informou que vai distribuir senhas a partir das 8h na próxima reunião.

    A CPI ouve hoje o corregedor-geral da Administração, Ivan Francisco Agostinho, e os delegados da Polícia Civil José Eduardo Vasconcelos e Mário José Gonçalves.










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