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    Nossos heróis negros
    Autor: nossacausa
    17/11/2016

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    Heróis, referências, líderes, exemplos, revolucionários? Chame como preferir, mas a verdade é que a história brasileira está repleta de homens e mulheres negras que tiveram suas lutas e conquistas silenciadas nos livros escolares, o que retrata um dos aspectos perversos do racismo na sociedade brasileira.

    Durante os próximos dias, véspera do Dia da Consciência Negra, a secretária de imprensa do SindSaúde-SP preparou uma série de textos que irá apresentar ou relembrar a história de alguns desses heróis brasileiros.

     

    DANDARA DOS PALMARES

    Você provavelmente sabe quem foi Zumbi dos Palmares, o que ele fez e qual o seu significado na nossa história e na luta negra, certo? E Dandara dos Palmares, você sabe quem foi?

    Além de esposa de Zumbi e mãe de 3 filhos, ela lutou com armas pela libertação total das negras e negros no Brasil, liderava mulheres e homens, também tinha objetivos que iam às raízes do problema e, sobretudo, não se encaixava nos padrões de gênero que ainda hoje são impostos às mulheres. É exatamente por essa marca do machismo que Dandara não é reconhecida nem estudada. A maior parte da sua história é envolta em grande mistério.

    Dandara suicidou-se (jogou-se de uma pedreira ao abismo) depois de presa, em 6 de fevereiro de 1694, para não retornar à condição de escrava. Ela ainda vive em todos que lutam por liberdade.

    O SindSaúde-SP, irá realizar no dia 23 de novembro, das 11 até as 17 horas um seminário sobre a saúde da mulher negra.

    LAUDELINA DE CAMPOS MELO

    Laudelina nasceu em 1904, em Poços de Caldas, Minas Gerais. Naquele período não havia mais escravidão no Brasil, porém ainda jovem, Laudelina se atentou para o fato de muitas mulheres continuarem trabalhando nas “casas de família” em troca de um teto e comida, situação análoga à escravidão. 

    Começou a trabalhar aos sete anos de idade, como empregada doméstica. Desde de pequena Laudelina era boa de luta, aos 10 anos para defender a mãe de apanhar, quase matou esganado o capataz da fazenda que moravam em Minas.

    Já no estado de São Paulo, aos 16 anos deu início à sua atuação em organizações de cunho cultural, sendo eleita presidenta do Clube 13 de Maio, entidade que organizava atividades de lazer e política entre os negros.

    Laudelina começou a organizar sua vontade de transformar a realidade e combater o preconceito por meio da luta dos movimentos populares, em 1936 filia-se ao PCB (Partido Comunista Brasileiro), acrescendo a sua militância um caráter político e reivindicatório. No mesmo ano, fundou a primeira Associação de Trabalhadores Domésticos do país, também foi fundadora da Frente Negra Brasileira, militando na maior associação da história do movimento negro, que chegou a ter 30 mil filiados ao longo da década de 1930.

    Como presidenta da Associação de Trabalhadores Domésticos, apoiou a alfabetização das trabalhadoras, pois entendia ser o passo inicial para conscientização e entendimento da legislação trabalhista, pois apenas assim poderiam reivindicar seus direitos. Foi protagonista na luta pelo reconhecimento legal da profissão das trabalhadoras domésticas, conquistando na década de 70 o direito à Carteira de Trabalho e Previdência social. A militância sindical não a fez deixar de lado as demandas sociais, sempre participando dos movimentos negros e feministas.

    Laudelina faleceu em 12 de maio de 1991 em Campinas.




    Referência:

    http://cienciassociaisnarede.blogspot.com.br/2011/10/herois-negros-na-historia-do-brasil.html
    http://antigo.acordacultura.org.br/herois/heroi/laudelina

     

    nossacausa.com.br










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