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    CNTSS/CUT realizou 7º Congresso Nacional em Atibaia
    Autor: SindSaúde-SP
    30/11/2016

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS/CUT) realizou entre o dia 28 de novembro e 1º de dezembro, seu 7º Congresso Nacional. A atividade aconteceu em Atibaia, interior de São Paulo e reuniu mais de 400 dirigentes sindicais vindo de diversos lugares do Brasil, incluindo os (as) delegados (as) que representaram o SindSaúde-SP.

    A edição deste ano teve como eixo central o tema “A Seguridade Social no atual cenário do Brasil”. Veja como foi o Congresso:

     

    Trabalhadoras da seguridade social realizaram Encontro Nacional

    As trabalhadoras da saúde, previdência e assistência social realizaram na tarde da segunda-feira (28) o 3º Encontro Nacional de Mulheres da Seguridade Social, a atividade antecede o 7º Congresso da CNTSS e foi coordenada por Maria Aparecida Faria, secretária de Mulheres da CNTSS/CUT, diretora executiva do SindSaúde-SP e secretária-geral adjunta da CUT Nacional. 

    A mesa de debate contou com falas de Carmem Foro, vice-presidenta da CUT Nacional; Junéia Batista, secretária Nacional de Mulheres da CUT; Ana Firmino, secretária de Mulheres da CUT/SP; Denise Motta Dau, secretária de Mulheres da Prefeitura de São Paulo; e Rosane Silva, vice-presidenta do Sindicato dos Sapateiros de Ivoti (RS), ex-secretária de Mulheres da CUT Nacional. Após a fala das integrantes da mesa, o debate foi aberto para participação dos delegados e delegadas do 7º Congresso da CNTSS.

    Na oportunidade foram destacadas questões como a luta das mulheres trabalhadoras desde a fundação da CUT, a questão do machismo dentro do movimento sindical e da própria esquerda, os retrocessos do governo Temer e como isso afeta a mulheres trabalhadoras.

    Hoje no Brasil cerca de 80% das pessoas que recebem salário mínimo são mulheres, a não continuidade da política de valorização do salário mínimo, afeta diretamente os ganhos das trabalhadoras brasileiras. Durante o debate, também foi apontado que os homens da esquerda brasileira precisam enxergar que o processo de golpe contra a presidenta Dilma foi um ato político e de machismo. O 3º Encontro foi um “esquenta” para a programação prevista para o 7º Congresso.

     

    Lançamento da Cartilha da ISP sobre “Violência contras as mulheres nos locais de trabalho: denuncie e combata”

    Durante o 3º Encontro foi lançada a Cartilha da ISP – Internacional de Serviços Públicos sobre “Violência contra as mulheres nos locais de trabalho: denuncie e combata”. O SindSaúde-SP reproduziu e distribuiu a cartilha da ISP, complementada com temas mulheres negras e LGBT.

     

    Abertura do 7º Congresso da CNTSS destaca a luta contra retirada de direitos

    Na noite da segunda-feira (28), a CNTSS realizou a cerimônia de abertura do 7º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social.

    As 20:30 iniciou-se a leitura, para posterior aprovação do regimento interno do 7º Congresso da CNTSS/CUT. Em seguida o economista e mestre em ciência política, Carlindo Rodrigues, apresentou o novo livro do DIEESE “Greves no Brasil”, que reúne depoimentos de lideranças de greves históricas no país.

    A abertura solene do 7º Congresso teve início com o poema “Analfabeto Político”, (ao fim do texto), de Bertolt Brechet. Em seguida participaram da mesa para uma saudação aos trabalhadores (as): Sandro Alex, presidente da CNTSS/CUT; Douglas Izzo, presidente da CUT-SP; Sergio Nobre, secretário geral CUT Nacional; Maria Aparecida Faria, diretora SindSaúde-SP e secretária adjunta da CUT Nacional; Maria Júlia Nogueira; secretária de combate ao racismo da CUT Nacional; Denise Motta Dau, secretária de Mulheres da Prefeitura de São Paulo; Juliana Salles, executiva nacional da CUT, Jocélio Drummond de Andrade, secretário Regional da ISP (Brasil); Joe Simões, SEIU – Service Employees International Union.
    Durante as falas dos companheiros e companheiras convidados para a mesa temas como a retirada de direitos, os avanços do governo Lula e Dilma para superação de desigualdade e acesso a saúde, educação e trabalho no Brasil foram abordados. “Foi pelos acertos desses governos [Lula e Dilma] que se aconteceu um golpe parlamentar, jurídico, midiático no Brasil”, declarou Denise, que além de secretária municipal de Mulheres da Prefeitura de São Paulo, também é trabalhadora da saúde.

    O presidente da CNTSS destacou que apesar do momento difícil, não podemos ser pessimistas. Lembrou que a classe trabalhadora demorou 502 anos para eleger um representante para presidir o país e fez críticas ao governo Temer e a PEC 241. “Enquanto o mundo inteiro discute desindexar a economia, o Brasil decide congelar os gastos públicos, cortar despesas essências, que não deveriam ser vistas como despesas, mas sim investimentos. O que está acontecendo no Brasil é um soluço do conservadorismo, mas o povo já começa a perceber qual o projeto do governo golpista”.

    Ao fim das atividades os delegados e delegadas confraternizaram no coquetel de lançamento do livro “Greves no Brasil”. A secretária geral da CNTSS e diretora executiva do SindSaúde-SP, Célia Regina é uma das entrevistadas do livro.

    Analfabeto Político

    O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
    O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.

    Bertolt Brecht

     

    2º Dia de Congresso da CNTSS debate conjuntura nacional, internacional e a seguridade social

    O segundo dia (29) do 7º Congresso da CNTSS iniciou-se com uma mesa de Análise de Conjuntura Nacional e Internacional. Logo no início da manhã desta terça, os (as) delegados (as) já estavam no plenário para ouvir o economista, cientista político e coordenador do mestrado da FLASCO/FPA, William Nozak; Joe Simões, diretor da SEIU; o secretário geral da CUT Nacional, Sérgio Nobre; o secretário regional da ISP, Jocélio de Andrade; e a secretária de mulheres da CNTSS e também secretária adjunta da CUT, Maria Ap. Faria.

    A condução da mesa foi feita pelo presidente da CNTSS/CUT, Sandro Alex e pela secretária de relações do trabalho da CNTSS, Mária de Fátima Cunha.  Na análise de conjuntura foram expostas as diferenças entre os dois projetos existentes desde a disputa eleitoral de 2014, aquele defendido pelo campo democrático e popular e outro bancado pelos empresários que financiaram o golpe estado no país. Também foi realizado um paralelo entre o crescimento da política neoliberal em outros lugares do mundo e da América Latina. Após as falas dos convidados para a mesa, a palavra foi aberta para delegados e delegadas que estavam no plenário.

    O diretor da SEIU, um dos maiores sindicatos dos EUA com mais de dois milhões de filiados, Joe Simões alertou sobre a relação entre o que acontece lá e aqui no Brasil. De acordo com Joe, Obama tinha problemas parecidos com os de Dilma para aprovar projetos relevantes para o país, isso se daria pela influência do poder econômico. “Hoje o capitalismo selvagem tem mais força que os governos”. Joe também chamou atenção dos dirigentes sindicais presentes sobre uma incoerência entre o discurso de defesa do SUS e a prática realizada. “Todos nós defendemos o SUS certo? Mas, muitos sindicatos negociam planos de saúde privados, esses planos são um problema para o SUS”, alertou.

    As atividades da manhã foram encerradas com um minuto de silencio em respeito à memória das vítimas do voo que caiu nas imediações de Medelin na Colômbia e ocasionou a morte de trabalhadores da comunicação, do futebol, da companhia aérea e de outras categorias.  #SomosTodosChapecoense 

    A sexta mesa de debate do 7º Congresso da CNTSS/CUT debateu “A Seguridade Social no atual cenário do Brasil”. A atividade faz parte da programação do evento e aconteceu durante a tarde da terça-feira (29).

    O professor doutor, diretor do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Unicamp, Denis Maracci, foi o convidado para fazer uma exposição sobre a temática. Completavam a mesa Maria Júlia Nogueira, secretária de combate ao racismo da CUT nacional; Cláudia da Silva Santos, primeira tesoureira da CNTSS; Maria de Fátima Cunha, secretária de relações do trabalho da CNTSS. Coordenaram o debate os diretores executivos da CNTSS Célio dos Santos e Miriam de Oliveira Andrade.

    O debate foi uma oportunidade de esclarecer questões referentes à proposta Temer de Reforma da Previdência. Caso seja aprovada, a reforma irá aumentar a idade da aposentadoria para 65 anos, além de desvincular os benefícios da previdência dos reajustes de salário mínimo. Hoje os benefícios previdenciários são vinculados e atualizados de acordo com o crescimento econômico do último biênio e também pela inflação do ano anterior. O governo quer reduzir os gastos e pretende reajustar os benefícios apenas a partir do índice inflacionário.

    Como em todos os debates até o momento neste 7º Congresso, o golpe à presidenta Dilma, a PEC 241 e o ilegítimo governo Temer nortearam boa parte das intervenções dos (as) delegados (as). O professor Denis indicou que o cenário no país é grave, há uma recessão, conflito entre os poderes e instabilidade política. “O Brasil caminha para uma crise social muito significativa. Um caminho que a gente sabe onde começa, mas não sabe onde termina. O que nos garante que teremos eleição em 2018? Em 1965 também era esperada uma eleição”, alertou.

    Maria de Fátima ressaltou que a atuação do movimento sindical é determinante para a compreensão dos trabalhadores sobre o momento atual. “O golpe não é contra a presidenta Dilma, não é contra o Partido dos Trabalhadores, o golpe é contra o direito da classe trabalhadora, por isso a classe trabalhadora precisa entender a importância da unidade”, disse.

    No fim da tarde, os (as) delegados (as) se reuniram em Assembleia Geral para discutir e deliberar sobre alterações estatutárias.

     

    3º dia de Congresso aborda a seguridade social e os desafios dos trabalhadores

    O penúltimo dia de Congresso da CNTSS, quarta-feira (30), iniciou com uma nova mesa sobre a seguridade social. O objetivo foi debater os retrocessos e perspectivas de luta perante o atual governo federal, além de elaborar estratégias para o enfrentamento a PEC 241.

     A mesa de debate foi coordenada pelos diretores executivos da CNTSS, Margareth Alves Dallaruvera e Antônio Teixeira Carvalho. Os debatedores convidados foram: para fazer uma exposição sobre o trabalho e previdência, André Calixtre, técnico de planejamento e pesquisa do IPEA-Brasília; para o SUS, Conceição Rezende, psicóloga e especialista em Saúde Pública; e sobre o eixo de política de assistência social, Ieda Castro, doutora em políticas sociais e assessora na Comissão de Legislação Participativa da Câmara Federal.

    Além das questões técnicas, o debate pautou a retirada de direito do povo brasileiro e o desrespeito com a Constituição Brasileira por meio das propostas apresentadas pelo governo golpista. Os delegados saudaram as manifestações dos jovens, trabalhadores e estudantes que estiveram no dia 29 nas ruas em Brasília lutando contra aprovação da PEC 241 no senado. Os (as) delegados (as) também se lembraram do comandante Fidel Castro e das políticas que levaram Cuba a ser referência mundial em saúde preventiva.

    Ieda ressaltou que o caminho será árduo e dialogando com a fala de um delegado concordou que a luta é contra os opressores. “Essa não é uma luta apenas contra a PEC, mas sim uma luta de opressores contra os oprimidos. O caminho é a luta social, a luta social de ideias é fundamental, mas sem ação ela não acontece. Não existe luta pacífica entre oprimido e opressor”.

    Durante a tarde, os delegados e delegadas foram distribuídos em GTs (grupos de trabalho), onde debateram e elaboraram propostas de políticas gerais e específicas para o Congresso.

     

    7º Congresso avança para reta final: Eleição da nova direção da CNTSS

    O fim da tarde e início da noite do penúltimo dia de Congresso foi marcado pelas articulações e composições para a chapa que irá dirigir a CNTSS/CUT no próximo quadriênio 2016-2020. Houve unidade entre os (as) delegados (as) e apenas uma chapa foi inscrita.

    As 20 horas os (as) delegados (as) levantaram seu crachá elegeram a nova direção da CNTSS (veja abaixo). Depois foi realizado um jantar dançante com a banca de forró “Casaca de Couro”.

    Veja a nova direção da CNTSS/CUT: http://migre.me/vFnPY

     

     Delegados (as) aprovam plano de luta da CNTSS

    O último dia do Congresso da CNTSS, quinta-feira (1), foi o momento dos (as) delegados (as) realizaram a Plenária Final para a aprovação das deliberações e do Plano de Lutas. O espaço também era para apreciação das moções e o encerramento do 7º Congresso.

    Um dos temas mais debatido e aprovado foi a criação de uma Federação Interestadual dos Trabalhadores Estaduais da Saúde Pública. Após o encerramento da Plenária Final os (as) delegados (as) começaram a retornar para seus estados e municípios. 










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