Notícia
A Odebrecht mostrou disposição em fechar acordos de delação e leniência com oito países estrangeiros, mas afirmou que em contrapartida precisa da garantia de que a empresa continuará atuando nesses territórios. Em reunião organizada pela Procuradoria-Geral da República em Brasília no dia 16, representantes do grupo fizeram uma apresentação sobre os acordos de leniência a chefes do Ministério Público de Argentina, Colômbia, Equador, México, Panamá, Peru, República Dominicana e Venezuela, onde a empreiteira é investigada.
As informações são de reportagem da Folha de S.Paulo.
"Na apresentação, dois advogados disseram que, para firmar os acordos, é preciso haver um 'armistício' dos países em relação à companhia. A trégua consistiria no fim de medidas hostis que vêm sendo impostas a bens da empresa e funcionários que atuaram no exterior.
A Odebrecht deixou claro que preservar sua existência e a continuidade de atividades nesses países é o principal objetivo de buscar negociações fora do Brasil.
Entre os pontos ressaltados pelo grupo para que os acordos evoluam está não responsabilizar os compradores de ativos da empresa por atos ilícitos praticados no passado.
A Odebrecht também pede que os procuradores auxiliem nas tratativas com outras autoridades do próprio país, como estatais com quem a empreiteira tem contratos."