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    Seminário qualifica delegados de base para enfretamento às reformas
    Autor: SindSaúde-SP
    07/03/2017

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    Seminário qualifica delegados de base para enfretamento às reformas da Previdência e Trabalhista

    O SindSaúde-SP realizou na manhã desta segunda-feira (6), para os (as) delegados (as) sindicais de base um seminário contra as reformas da Previdência e Trabalhista. O objetivo do encontro é municiar os delegados de dados e informações sobre as reformas que atacam direito dos (as) trabalhadores (as) e colocam em risco o direito de se aposentar.

    O presidente do SindSaúde, Gervásio  Foganholi, iniciou o seminário saudando os presentes e falando dos desafios que os trabalhadores tem para combater esses projetos de “desreforma” do governo Temer. Em seguida, convidou para compor a mesa de abertura da atividade, a secretaria geral do SindSaúde-SP, Maria Aparecida e Deus (Cidinha); Maria Aparecida Amaral, sec. Geral da CUT e diretora executiva do SindSaúde; e a vice presidente do sindicato, Cleonice Ribeiro.

    Cleonice e Cidinha ressaltaram a importância deste seminário que visa qualificar o diálogo com base, para que se consiga mostrar aos (as) trabalhadores (as) a gravidade destas reformas. De acordo com a secretaria geral da CUT, Maria Aparecida, esse “é um momento difícil onde nossos diretos estão sendo caçados, roubados, podem dar o nome que preferir. Essas reformas serão ruins para nós, nossos filhos e netos”.

    Em seguida o seminário iniciou-se com a primeira palestrante convidada, Patrícia Pelatieri, coordenadora de pesquisa e tecnologia do Dieese de SP, que apresentou números e fez um resgate sobre as transformações na Previdência Social. Patrícia explicou a relação entre a reforma da previdência e a PEC 55 que limitou nos próximos 20 anos os investimentos na saúde, educação e assistência social. De acordo com ela, ao limitar os investimentos a inflação, isso significa que os recursos não irão aumentar mesmo que haja mais usuários na saúde ou previdência, ou seja, desta mesma forma não cabe aumento salarial do trabalhador público, pois não haverá recurso para isso. O que haverá é mais usuário, e menos trabalhador e recurso.

    Sobre a Reforma da Previdência, ela esclareceu que antes existia um Ministério da Previdência Social, e que o atual governo acaba com o ministério e o transforma em uma Secretaria do Ministério da Fazenda, ou seja, “transforma a maior política social deste país em conta”. “A reforma meche com todo mundo de forma diferente, exceto os militares, meche com os que já estão aposentados, com os trabalhadores que vão se aposentar e também com quem ainda vai entrar no mercado de trabalho. Ou seja, todos nós perdemos, uns mais outros menos”.

    O segundo palestrante foi Carlos Gabas, ex-ministro da Previdência, que iniciou a conversa explicando que as reformas da previdência e trabalhista são ataques aos direitos e a classe dos trabalhadores. Explicou a importância do caráter solidário da previdência, existente no Brasil, esse modelo foi optado na década de 80 e funciona a partir de uma metodologia tripartite onde quem está trabalhando solidariamente paga a o benefício de quem está aposentado, junto do governo e das empresas. No Chile onde foi escolhido o modelo de capitalização, os resultados foram negativos o suficiente para os chilenos voltaram atrás e optarem pelo modelo solidário.

    Gabas fez uma relação da idade mínima para aposentadoria com a expectativa de vida da população. “Em São PAULO existem vários bairros onde a expectativa de vida é de 64 anos, ou seja, vai ter muita gente que não vai se aposentar”. Ele também afirmou que caso seja aprovado o projeto vai acabar com a aposentadoria do trabalhador rural que produz 70% de tudo que nós comemos.
     
    Ao termino do evento, Gabas respondeu a perguntas e esclareceu dúvidas dos delegados sindicais de base.

    No próximo dia 15 o SindSaúde-SP realizará uma assembleia com os (as) trabalhadores(as) da saúde pública do Estado de São Paulo.









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