A Secretaria de Saúde do Trabalhador da CUT São Paulo realizou nesta terça-feira (28) o seminário “Previdência e Saúde”, o evento aconteceu das 10h às 14h, na sede da Central Única dos Trabalhadores, na Rua Caetano Pinto, 575, no bairro do Brás.
O debate apontou para que as reformas do governo Temer precarizam as relações de trabalho, o que elevará o número de adoecimento entre os trabalhadores.
Para o secretário de Saúde do Trabalhador da CUT-SP, Wagner Menezes, o Marrom, o governo ilegítimo apresenta medidas que, na prática, “representam a precarização das relações de trabalho. Para que os trabalhadores não sejam prejudicados em sua aposentadoria, os adoecidos não vão nem sequer requerer afastamento por doença, o que significa que teremos uma relação de trabalho ainda mais fragilizada”, aponta.
O dirigente se refere às mudanças na concessão de aposentadoria especial do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), dentre as quais a idade mínima de 55 anos e tempo mínimo de 20 anos de contribuição. Hoje, os trabalhadores têm direito a esse tipo de benefício após 15, 20 ou 25 anos de serviço. Nesta categoria, se enquadram os empregados que exercem função em ambientes insalubres, perigosos ou que prejudiquem a saúde.
O seminário contou com a participação do administrador Márcio Simião, consultor na Previdência Social na empresa Prev Fácil Service. “A perspectiva da mudança do governo é que todos, sem exceção, sejam afetados. O governo propõe uma mudança para aposentadoria especial, mas, na verdade, o fator de risco para algumas categorias está sendo ignorado”, diz, antecipando um pouco sobre o que será o debate.