1º de maio mobiliza categoria para defesa de direitos
Autor: SindSaúde-SP
04/05/2017
Crédito Imagem: SindSaúde-SP
O Dia do Trabalho remonta o ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago (Estados Unidos). No dia 1º de maio daquele ano, milhares de trabalhadores tomaram às ruas para reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. Neste mesmo dia ocorreu nos Estados Unidos uma grande greve geral dos trabalhadores. Após as manifestações doze trabalhadores (as) morreram e centenas ficaram feridos.
Tido como uma data que lembra das grandes lutas históricas em defesa dos direitos de melhores condições para os trabalhadores (as) este ano no Brasil ela foi marcada pelas reivindicações de derrubada das propostas de reformas da previdência e trabalhista, do golpista Michel Temer. O SindSaúde-SP participou das manifestações e comemorações da data em diversas regiões do estado.
Na capital, desde o início da manhã do 1º de Maio, policiais militares e funcionários da prefeitura de São Paulo procuram tumultuar a realização dos atos da CUT e parceiros no Dia Internacional do Trabalhador.
No final da tarde, quando manifestantes já deixavam o local de concentração, na Avenida Paulista, a PM desenhou mais um capítulo desse show de horrores ao, segundo a direção da CUT-SP, usar de artifícios pitorescos para impedir que a manifestação democrática de avançar. De acordo com o secretário-geral da CUT-SP, João Cayres “o coronel responsável por essa operação dialogou diretamente com nosso advogado e acordamos que este caminhão na Consolação que guiaria a marcha desceria. Mas, quando fomos procurar o motorista, não o encontramos e descobrimos que as chaves do veículo e os documentos foram confiscados pela polícia que sumiu”, denunciou.
Porém, mesmo com essa barreira, a manifestação com mais de 200 mil pessoas segue embalada pela intervenção do grupo Ilú Obá de Min rumo à Praça da República, onde acontecem as apresentação de artistas como Emicida, Mc Guimê e Leci Brandão.
Para o presidente da CUT-SP, o episódio é um reflexo do momento que o Brasil vive. "Isso é censura, não há alegação para que o nosso caminhão seja proibido. Isso é a censura da Polícia Militar, um absurdo que estamos vivendo. O Brasil está sob um Estado de exceção, o nosso direito de manifestação não está garantido"
Secretário de Mobilização da CUT-SP, João Gomes, aproveitou para mandar um recado aos golpistas. “Não adianta baixar a repressão, enfrentamos a ditadura e vamos continuar na luta para defender os nossos direitos, inclusive de livre manifestação”, alertou.