Sem receber salário terceirizados do Hospital Leonor deixam postos de trabalho
Autor: SindSaúde-SP
31/05/2017
Crédito Imagem: SindSaúde-SP
Hospital continua funcionando sem profissionais da área de segurança e portaria, informação é que empresa não pagou salário de terceirizados
O Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros está sem equipe de profissionais de portaria e segurança, de acordo com relato da diretora do SindSaúde-SP, Valéria Fernandes. A informação é que a empresa terceirizada contrata para executar esse serviço deixou de pagar seus funcionários.
Valéria explicou que os profissionais da portaria são responsáveis por fazer o encaminhamento de visitas e pacientes no Pronto Atendimento e Ambulatório. Eles também fazem o controle de acesso à UTI neonatal e adulta, e o controle de visitação nas enfermarias. “Esse controle é essencial, visto que o hospital distribui crachás de cores diferentes para cada ala, e eram os porteiros que faziam a verificação entre os andares”, explicou.
Sem os trabalhadores (as) da portaria esse controle passou a ser feito pelos seguranças, profissionais também terceirizados. Valéria informou que número de seguranças era menor que o necessário e por isso alguns postos ficaram sem assistência. Ela também ressaltou que os seguranças não foram contratados para aquela função.
A diretora do SindSaúde-SP declarou que conforme relato dos trabalhadores terceirizados a empresa (Gatto&Silva conforme apurou a reportagem), não pagou os salários dos profissionais da segurança e da portaria, e por isso eles pararam de comparecer ao trabalho. “A situação que já era ruim piorou, há mais de uma semana os seguranças também não estão mais em seus postos de trabalho no hospital. A empresa contratada deixou de pagar os funcionários, e eles, portanto, não foram mais trabalhar”. A equipe de comunicação do SindSaúde-SP entrou em contato por telefone e e-mail com a empresa Gatto&Silva e sua assessoria jurídica, até o fechamento dessa reportagem a empresa não se manifestou sobre o assunto, se quer respondeu às perguntas enviadas.
Valéria afirmou que o hospital continua funcionando sem segurança e sem serviço de portaria. Com objetivo de amenizar a situação, Valéria disse que direção do hospital está deslocando trabalhadores (as) públicos para essa função. “Estão convocando funcionários públicos, sem formação ou preparo, para assumir os postos de trabalho de porteiros, e pasmem, seguranças”.
A diretora do sindicato se mostrou preocupada com profissionais que não são preparados para a segurança estarem trabalhando no setor. “Já houve casos em que um visitante, contrariado com as regras da instituição, apontou uma arma para o segurança. E se o mesmo, ou pior, acontece com um funcionário em desvio de função? De quem será a responsabilidade desse ato?”, questionou.
Valéria informou que a situação gerou um completo descontrole sobre o número de visitas e a troca de crachás. “Os funcionários não têm segurança de sua integridade física e estão sendo obrigados a assumirem esses postos de trabalho para os quais não são capacitados. E receiam se negar e sofrerem punições, já que são convocados sob a alegação de que ‘todos têm que colaborar’.