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    Trabalhadores da saúde e parlamentares se reúnem com SES
    Autor: SINDSAÚDE-SP
    20/06/2005

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    Assédio moral sofrido pelos trabalhadores públicos da saúde no estado de São Paulo foi um dos temas da reunião na Secretaria Estadual da Saúde (SES).
    Durante a assembléia geral, realizada na manhã de sexta-feira, 17 de junho, em frente à Secretaria, uma comissão, representando os trabalhadores da saúde, solicitou uma audiência com o secretário estadual da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, sobre a pauta de reivindicações da categoria.
    Integraram a comissão dirigentes do Sindsaúde-SP, representantes dos trabalhadores da saúde na capital e do interior, os deputados federais Jamil Murad (PC do B) e Roberto Gouveia (PT) e o deputado estadual Carlos Neder (PT).
    A comissão foi recebida pelo secretário da Saúde em exercício, Nilson Ferraz Paschoa, chefe de gabinete, e pelo coordenador de Recursos Humanos, Paulo Seixas. O secretário Barradas estava fora do país, em viagem ao Canadá.
    O deputado Roberto Gouveia sugeriu um calendário de negociação para tratar as necessidades da SES e as reivindicações dos trabalhadores da saúde. Propôs ainda uma comissão para pensar a carreira na saúde. Lembrou um projeto feito alguns anos atrás pelo executivo em parceria com os trabalhadores e ainda não encaminhado pelo governador para o legislativo. Ressaltou também a importância de se pactuar uma negociação efetiva entre secretaria, legislativo e trabalhadores da saúde.
    O deputado Jamil Murad, por sua vez, afirmou que, independente das diferenças políticas, ele esteve sempre a favor de medidas que beneficiassem a população. Lembrou o apoio ao pedido de verbas feito pelo governador Geraldo Alckmin e prefeito José Serra quando estiveram em Brasília. E acha que o governo do PSDB deveria também ter boa vontade para negociar com os trabalhadores da saúde. Com isso, acredita que haverá ganhos para o governo e principalmente para a população.
    O deputado Carlos Neder em sua intervenção relatou que a Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa, da qual faz parte, enviará ao secretário documento em apoio à luta dos trabalhadores da saúde e pela abertura de negociação efetiva com a categoria. Lembrou que não haverá Sistema Único de Saúde sem respeito aos trabalhadores da saúde.
    A presidente do Sindsaúde-SP, Célia Costa, apresentou a pauta de reivindicações, explicando cada ponto, inclusive ilustrando com exemplos o assédio moral, as distorções e os baixos salários, a perversidade da remuneração por gratificações, entre outros.
    O secretário em exercício, Nilson Paschoa, falou que a Secretaria já havia enviado à Casa Civil uma proposta de reajuste salarial e estava aguardando uma resposta do governador. Falou também sobre a comissão que está sendo formada para elaborar um código de conduta dos profissionais da saúde visando um comportamento “mais homogêneo e mais saudável”.
    Célia Costa interveio dizendo que a publicação da resolução que cria a comissão não significa a solução da violência moral que têm sofrido os trabalhadores da saúde e que se acentuou muito nos últimos três anos. Acrescentou que são necessárias medidas concretas para acabar com o assédio moral. Falou também da perseguição aos dirigentes sindicais. Como exemplo, citou uma diretora que recentemente ameaçou chamar a polícia para impedir uma manifestação dos trabalhadores na unidade que dirige.
    Apesar de não haver avanço nas negociações, a reunião foi importante para reforçar a defesa de cada ponto de pauta junto ao governo estadual.
    O Conselho Estadual de Saúde, que também estava em reunião na Secretaria no mesmo dia, deliberou uma moção de apoio à luta dos trabalhadores da saúde e reforçou a solicitação de uma nova audiência com o secretário estadual da Saúde, Barradas, sobre a pauta de reivindicações dos trabalhadores.









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