SindSaúde levanta demandas dos trabalhadores do Pérola Biyngton

Nos últimos dias 05 e 06 de Julho o SindSaúde-SP se reuniu com os trabalhadores (as) do CRSM – Pérola Biyngton. A assembleia pautou algumas preocupações e reclamações relacionadas ao dia a dia do trabalho. Após o levantamento de demandas apresentadas pelos trabalhadores a direção sindical irá levar os pontos debatidos em mesa de negociação que será solicitada.

Em entrevista a diretora regional do SindSaúde-SP, Janaina de Luna explicou cada um dos pontos pautados e debatidos na assembleia:

- O dimensionamento da equipe de enfermagem

De acordo com a diretora sindical a reclamação da sobrecarga constante de trabalho foi um dos pontos abordados. Ela explicou que o rol de atividades a assistência integral do trabalhador indica a assistência média de 8 ou 9 pacientes por trabalhador. Infelizmente esse número tem sido maior.

- A falta de diretriz por parte da gestão quanto ao acesso de acompanhantes

“A falta de regras aos acompanhantes e familiares das pacientes, diversas vezes causam interferências na assistência de enfermagem, provocando um stress bem maior que o da própria rotina de trabalho”, explicou Janaina.

- A falta de autonomia dos enfermeiros do plantão e até mesmo da supervisão do noturno;

O relato dos trabalhadores (as) é de que a falta de autonomia tem provocado uma serie de transtornos. “A falta de respeito de parte da equipe de apoio da diretoria desta divisão foi lembrada pelos trabalhadores, quando cerceiam os horários da equipe noturna para o acesso à diretoria. Os trabalhadores muitas vezes saem de um plantão cansativo, com um tempo de espera até a entrada da diretora duas horas, os trabalhadores se veem obrigados a remarcar possível contato”,  disse a diretora.

Outro exemplo apontado pelos trabalhadores foi em relação a escala constantemente modificada e que não contempla os pedidos pessoais dos membros da equipe. De acordo com Rosana, diretora de enfermagem no hospital essa decisão deveria ser tomada pela pelas chefias imediatas e mediata, ela se defende da reclamação dos trabalhadores dizendo que se diz obrigada a tomar para si essa responsabilidade na intenção de manter o serviço funcionando. Porém como já apresentado acima a reclamação dos trabalhadores (as) é de falta de autonomia e centralismo na decisão quando o assunto é a escala de trabalho.

- A remoção em ambulância

Os trabalhadores (as) denunciam que a remoção de pacientes não vem respeitando normas do COREN. De acordo com eles, o destino não é apenas a casa do paciente, mas também do acompanhante.

- A geladeira de conservação de corpos após óbito

Apesar de constantes reclamações dos trabalhadores junto à gestão, a geladeira continua com a gaveta quebrada, ocasionando acidentes de trabalhos. Estes acidentes não estão sendo notificados e incomodam o trabalhador. Dentre os argumentos apresentados pelos trabalhadores é a obrigatoriedade para o profissional a vestimenta do óbito, o que acarreta o mesmo a manusear a gaveta quebrada por mais de uma vez, aumentando o risco de acidentes. Em relação ao fluxo de serviço, os trabalhadores (as) do período afirmam que é raro a remoção de corpos pelo enfermeiro responsável, ficando a cargo da equipe fazê-lo.

- O projeto de terceirização e deslocamento do Pérola Biyngton

A conjuntura nacional, de mudança das regras de Trabalho e Previdência, que estão em tramitação no Congresso Nacional também foram ponto de pauta na assembleia. Os trabalhadores (as) se colocaram contra as duas reformas que também são rejeitadas pela ampla maioria da população brasileira. Alinhado a essas questões a precarização do serviço e a desvalorização dos rendimentos foram preocupação constante durante o encontro.

Com propósito de erradicar as demandas que foram levantadas, o SindSaúde-SP expressa sua solidariedade e defesa constante aos interesses dos trabalhadores (as) da saúde pública do Estado de São Paulo.

“Assumimos o compromisso de levar todos esses pontos para a mesa de negociação junto à gestão deste Centro de Referência”, se comprometeu Janaina.