Plenária Livre de Vigilância em Saúde qualifica debate para Conferência
Autor: Assessoria de Imprensa - SindSaúde-SP
11/08/2017
Crédito Imagem: SindSaúde-SP
O SindSaúde-SP e o Conselho Municipal de Saúde de São Paulo realizaram uma Plenária Livre de Vigilância em Saúde, a atividade aconteceu no dia 11 de agosto na sede do sindicato e reuniu dezenas de trabalhadores (as). A atividade foi preparatória para a 1ª Conferência de Vigilância em Saúde e teve o objetivo de estimular o debate e elaborar propostas para as etapas municipal, estadual e nacional.
Na plenária, a enfermeira Deronice Ferreira de Souza palestrou sobre a importância da imunização (vacinação) como estratégia de vigilância. O biólogo e desinsetizador Carlos Alberto Gabriel Jr, que também é delegado sindical de base do SindSaúde-SP, junto a diretora do SindSaúde-SP Roseli Ap. Elídio falaram sobre o combate de endemias da Sucen com foco sobre o impacto dos agrotóxicos no meio ambiente e na saúde da população. Gabriel chegou a lembrar do desastre de Mariana, definido por ele como crime e apresentou um gráfico mostrando que após o rompimento da barragem os números de casos de febre amarela aumentaram. Em 2016 o estado de Minas Gerais registrou 7 casos, um ano após em 2017 o número de casos saltou para 326. “Com o rompimento da barragem os predadores dos mosquitos morreram, no caso os sapos, isso fez com que consideravelmente os casos de febre amarela aumentassem”, explicou.
Já, a farmacêutica e delegada sindical de base, Adriana Arduino Mendes explicou os riscos da automedicação, além de debater a manipulação e o descarte de medicamentos. “Uma das preocupações da automedicação e do uso indiscriminado de medicamentos é o risco de intoxicação. Segundo o SINITOX, Sistema Nacional de Informações Tóxico- Farmacológicas, a intoxicação por medicamentos ocupa o primeiro lugar dentre as causas de intoxicação registradas em todo o país, à frente de produtos de limpeza, dos agrotóxicos e dos alimentos estragados. Os analgésicos, os antitérmicos e os anti-inflamatórios representam as classes de medicamentos que mais intoxicam”.
O Conselho Nacional de Saúde (CNS) convocou a 1ª Conferência Nacional em Vigilância em Saúde. O objetivo é estender as discussões em defesa do Sistema único de Saúde (SUS) e desenvolver ações para a construção de uma Política Nacional de Vigilância em Saúde.
A Constituição Federal de 1988 estabelece a “Saúde como Direito de Todos e Dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
Entre os desafios, está o estabelecimento de um modelo de atenção à saúde voltado para a redução do risco da doença e de outros agravos, onde a promoção, proteção e prevenção ocupem o mesmo patamar e recebam a mesma importância do que a recuperação e a assistência.
Veja as proposta elaboradas na Plenária Livre para as Conferência Municipal e Estadual
Folhetos elaborados pela Sucen que tenha nº telefone para entrar em contato;
Levar dados e matérias para conferência; (A Importância da Sucen e Prevenções);
Análise com Macacos em pró da Febre Amarela – Falta informação;
Norma ou projeto de lei de descarte de inseticida a nível municipal, estadual e nacional;
Debates nas escolas e associações, sobre doenças endêmicas;
Que o governo faça acompanhamento dos trabalhadores infectados com inseticida;
Avaliar e estudar um peso que uma trabalhadora da sucen pode carrega;
Denúncia a falta de EPI nos locais de trabalhos;
Avaliar gastos da SUCEM porque prefere fazer nebulização do que prevenção;
Que seja estalado o controle social em todo o serviço público do estado, inclusive na SUCEM.
Que a siga da Secretaria Municipal da Saúde (vacinas) sejam melhor divulgados para a população;
Colocar sala de vacinas (Dupla adulta) nos hospitais;
Incentivar, conscientizar promoção educacional, para a vacina HPV e o uso adequado do preservativo para toda a população mais jovem.
Regulamentação de uma política pública de coleta de resíduos químicos provenientes de uso doméstico, de forma que tenham a destinação correta e evitando que sejam descartados no lixo comum;
Regulamentar em todas as esferas do governo a política de Logística Reversa de medicamentos inservíveis, abrangendo todos os elos das cadeias produtivas e poder público;
Na questão do descarte que tenha uma melhor fiscalização e acompanhamento para conhecimento da população;
Garantir a intensificação da vigilância sanitária no município e estado e que seja melhor a divulgação entre os trabalhadores (as);
Garantir educação continuada e permanente para todos os trabalhadores (as) da saúde: SUCEM, UBS E HOSPITAIS.