Temer comemora inflação baixa e esquece que sem emprego poder de compra é zero
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    Temer comemora inflação baixa e esquece que sem emprego poder de compra é zero
    Autor: Assessoria de Imprensa - SindSaúde-SP
    10/04/2018

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    Golpista disse no Twitter que aumentou o poder de compra do povo. Esqueceu que desempregado não tem dinheiro sequer para comer

    Após a divulgação do índice de inflação de março (0,09%), nesta terça-feira (10), o golpista e ilegítimo Michel Temer (MDB-SP), postou uma mensagem no Twitter comemorando o fato de que seu governo teria devolvido o poder de compra aos brasileiros.

    Temer só esqueceu de dizer que sem emprego e sem salário, os trabalhadores e as trabalhadoras não estão consumindo quase nada. E, para comprar o essencial para sobreviver contam com a ajuda de parentes e amigos ou fazem bicos.

    Se por lado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, divulgado nesta terça pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), caiu, por outro a taxa de desemprego não para de crescer. Em março, o total de desempregados passou de 13 milhões, segundo o mesmo IBGE.

    Análise feita pelo Dieese Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílio (Pnad contínua) das taxas de emprego de 2017, a única coisa que aumento depois do golpe foi o emprego informal, sem direitos, precário e o número de trabalhadores por conta própria nas ruas das cidades vendendo comida, sucos, refrigerantes e bugigangas.

    Foram criadas no ano passado 2,6 milhões de vagas informais, sem carteira assinada. Já o emprego formal perdeu 982 mil postos de trabalho entre o final de 2016 e o de 2017, período 100% governado por Temer.

    A precarização do trabalho, segundo análise do Dieese, aumentou em todos os segmentos, exceto no setor agrícola, que registrou redução tanto do emprego formal quanto do informal. Esse segmento historicamente é o que possui a formalização mais baixa de toda a economia brasileira.
    Na indústria, a taxa de formalização, que era de 66,7%, no final de 2016, caiu para 63,6%, com aumento de 473 mil pessoas ocupadas informalmente ou por conta própria e o fechamento de 20 mil empregos formais.

    O movimento se repetiu na construção, no comércio e em praticamente todos os segmentos dos serviços. Até no setor de informação, comunicação e atividades financeiras, no qual a taxa de formalização é relativamente alta (64,2%, no último trimestre de 2017), o número de trabalhadores informais e por conta própria cresceu mais (quase 328 mil) do que o de formais (60 mil pessoas).

    Para o Dieese, o aumento da precarização e da informalidade em setores da economia, como a indústria, em que sempre foram geradas mais vagas formais de emprego, é um indício de uma mudança estrutural nas relações de trabalho do Brasil trazidas pela reforma trabalhista.










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