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    Parada LGBT de São Paulo dificulta participação da CUT em 2018
    Autor: CUT
    31/05/2018

    Crédito Imagem: CUT

    Entidade que organiza evento estaria agindo por motivações políticas
     

    Presente desde a 1ª edição, em 1997, a CUT-SP não estará na 22ª Parada do Orgulho LGBT deste ano. A atual gestão da entidade, responsável pela organização do evento, impôs dificuldades, com a cobrança de uma taxa considerada abusiva, que fez a entidade desistir de sua participação.

    A Parada de São Paulo será realizada no próximo domingo, 3 de julho, na Avenida Paulista, e é considerada uma das maiores do mundo.

    Para a Secretaria de Políticas Sociais da CUT-SP, pasta responsável por discutir a temática na entidade e que seguia nas negociações com a Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, os organizadores agiram por motivações políticas.

    Quando assumiu a produção cultural da Parada, no ano passado, Heitor Werneck disse à imprensa comercial que a sua chegada visava promover mudanças no formato do evento, diminuindo a predominância de carros de sindicatos, o que tornava o evento “uma passeata chata”. Ocorre que neste 2018, Werneck não conseguiu nem mesmo o apoio dos empresários, segundo ele mesmo contou à Veja São Paulo nesta semana.

    A CUT-SP e seus sindicatos participam da Parada LGBT desde o início, chegando a emprestar equipamentos e veículos quando o evento ainda não recebia apoio do governo e de empresários.
    “A atual gestão da Associação comprovou, com essa atitude, a que veio. Diz não querer um evento político, mas se esquece que a Parada é justamente um evento de caráter político, que sai às ruas para defender e garantir direitos a uma população que enfrenta muitos desafios no Brasil, que vão desde dificuldades no mundo do trabalho aos milhares de casos de violência e assassinatos. Eles não querem, na verdade, são as entidades de esquerda.”, afirma a secretária de Políticas Sociais da CUT-SP, Kelly Domingos.

    Segundo a dirigente, estranha ainda o fato do slogan de 2018 ser justamente em tom político, que é o “Poder para LGBTI+, Nosso Voto, Nossa Voz”.

    Na luta

    Apesar de não estar presente no evento deste ano, a CUT-SP reafirma a sua luta contra a discriminação à população LGBT+, bandeira presente em sua trajetória. No mundo sindical, a entidade e seus sindicatos, por meio do Coletivo de Trabalhadores e Trabalhadoras LGBT, atuam na proposição de medidas que colaborem no combate às discriminações e à violência no mundo do trabalho.

    Em 2015, a entidade também não esteve presente na Parada LGBT por veto da Associação, que cobrou uma taxa em desacordo com um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com a Prefeitura de São Paulo.









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