Trabalhadoras(es) farão ato público dia 5 de agosto, em defesa do IIER; Hospital sofre com o descaso do governo 

No Dia Nacional da Saúde, 5 de agosto, será realizado um abraço simbólico ao Instituto de infectologia do Emílio Ribas (IIER). A concentração será às 11h, em frente ao hospital, localizado na Av. Dr. Arnaldo, 165, Pacaembu, na capital paulista.

O Emílio Ribas é referência no atendimento de doenças infecciosas e os trabalhadores temem que haja uma terceirização do hospital, sendo transferido para uma organização social da saúde, correndo o risco de deixar de fazer o atendimento especializado. O que seria extremamente prejudicial à população já que enfrentamos um momento em que o país voltou a sofrer com doenças que haviam sido erradicadas, como Febre Amarela e Sarampo, além do crescimento dos casos de Dengue e nos últimos anos o surgimento do Zica Vírus e Chikungunya.

“Esse ato é uma forma de demonstrar ao Governo do Estado de São Paulo e a toda sociedade, que estamos preocupados que Emílio Ribas continue cumprindo seu papel, para que os pacientes possam ter atendimento especializado e os trabalhadores tenham condições dignas durante a atuação profissional”, explica Cleonice Ribeiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde-SP).

Além disso, faltam medicamentos e insumos básicos para realizar os procedimentos, somados aos transtornos causados por uma obra no hospital que dura mais de 5 anos. A Reforma já consumiu R$ 160 milhões e há uma previsão de que seja necessário mais R$ 40 milhões até a conclusão.

Devidos às obras, várias alas foram fechadas e há menos leitos operando. Quando o hospital ficar pronto, os leitos devem passar de 120 para 250, porém, o governo do estado não abre concurso público para o local há 20 anos, o que preocupa Cleonice. “Queremos não só o término da obra, mas a contratação de mais profissionais, por meio de concurso público, para que com o aumento dos leitos no hospital, seja possível atender a toda população que depende desse serviço.”

O ato está sendo organizado pelas trabalhadoras e trabalhadores do Emílio Ribas, apoiados pelo SindSaúde-SP e inúmeras entidades da sociedade civil. “Convidamos todas as trabalhadoras, trabalhadores, pacientes e a sociedade para participar desse ato, para defender esse hospital que extremamente importante para a saúde de toda a população", ressalta Cleonice.