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    Governo do Estado inicia mudanças na Sucen sem diálogo com trabalhadoras(es)
    Autor: por Redação SindSaúde-SP
    02/08/2019

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    Superintende da Sucen foi exonerado nesta sexta-feira (2). Trabalhadores temem por demissões e extinção do órgão
     
    O Superintendente da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), Dalton Pereira da Fonseca Junior, foi exonerado do cargo e será substituído temporariamente pelo médico infectologista Marcos Boulos, que até o momento ocupava o cargo de assistente de coordenação da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD), ambos órgãos ligados à Secretaria de Estado da Saúde (SES) de São Paulo.
     
    A medida do governo foi publicada em Diário Oficial nesta sexta-feira (2). Mas desde a última sexta-feira (26), as trabalhadoras e trabalhadores estão denunciando ao Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde-SP) que haveria mudanças na Sucen, mas não houve nenhum pronunciamento oficial até o momento. Os trabalhadores temem que haja demissões e a extinção do órgão.
     
    Após as denúncias, o SindSaúde-SP enviou um ofício à Sucen solicitando a antecipação da reunião de negociação que está prevista para o dia 15 de agosto, para esclarecer o que o Governo do Estado pretende realmente fazer. Até a publicação desta matéria, não tivemos retorno quanto ao ofício. 
     
    “O governo do estado precisa deixar claro para as trabalhadoras e trabalhadores o que pretende fazer e nós, enquanto sindicato, vamos cobrar esclarecimentos e defender os diretos desses trabalhadores que exercem um papel tão importante para toda a população”, afirma a presidenta do SindSaúde-SP, Cleonice Ribeiro.

     
    Em mais uma tentativa de buscar esclarecimentos, na última quarta-feira (31), durante a mesa de negociação que é realizada mensalmente com a Coordenadoria de Recursos Humanos (CRH) da SES, representantes do SindSaúde-SP cobraram um posicionamento. “O coordenador da CRH [Haino Burmester] afirmou que há possibilidade de uma reestruturação na Sucen, com a preservação dos serviços prestados, mas disse que não tinha mais informações sobre como seria essa reestruturação”, relata Cleonice.
     
    Reunião na CRH, na última quarta-feira (31): 
    A presidenta do SindSaúde-SP também reforça que uma eventual reestruturação nos órgãos envolvidos com o controle epidemiológico do estado de São Paulo, pode ser um verdadeiro desastre para a população. “Enfrentamos surto de dengue no início deste ano e é a Sucen que oferece treinamento e subsídio para os municípios fazerem o controle dos aedes agyptis, mosquito transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya. Sem a Sucen esse quadro que já está ruim, pode ficar incontrolável”, ressalta Cleonice.
     
    Nos primeiros seis meses de 2019, já foram registrados quase 314 mil casos da doença no estado, 2.158% superior aos casos registrados ao longo de todo o ano de 2018, quando foram registrados 13.894 casos de dengue em São Paulo, segundo dados da CCD e do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) "Prof. Alexandre Vranjac", sendo considerada uma das piores epidemias de dengue já registradas.
     
    Além disso, é a Sucen que faz o controle dos transmissores de malária, doença de Chagas, leishmaniose, esquistossomose, da febre maculosa, entre outros. Somente até junho deste ano já foram 7 mortes, entre os 16 casos registrados, devido à febre maculosa. “Esperamos que o estado não encerre esse trabalho, pois sem as atividades em campo, quem fará o controle desses vetores?”, questiona Cleonice.











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