SindSaúde-SP cobrará posicionamento oficial da Sucen em mesa de negociação nesta quinta-feira (15)
Autor: por Redação SindSaúde-SP
13/08/2019
Crédito Imagem: Divulgação
O Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde-SP) cobrará um posicionamento oficial quanto aos rumores de extinção e possíveis demissões na Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) em reunião da mesa de negociação, nesta quinta-feira (15), às 10h30.
Às 14h, o SindSaúde-SP fará uma reunião em sua sede (rua Paula Ney, 546, Vila Mariana, São Paulo – SP) com os trabalhadores da Divisão de Programas Especiais (DPE) da Sucen para informar o que foi discutido com o Superintende da Sucen, Marcos Boulos. A reunião será transmitida ao vivo via
Facebook do Sindicato para que todas as trabalhadoras e trabalhadores do estado de São Paulo possam acompanhar.
Além disso, as subsedes do SindSaúde-SP disponibilizarão um boletim que trata sobre os problemas que as trabalhadoras e trabalhadores da Sucen estão enfrentando e a falta de investimento por parte do governo estadual na área. “Nós pedimos que as trabalhadoras e trabalhadores não atuem em campo nesta quinta-feira (15), para panfletar em suas cidades”, solicita presidenta do SindSaúde-SP, Cleonice Ribeiro.
Entenda o caso
As trabalhadoras e trabalhadores estão denunciando ao SindSaúde-SP desde o dia 26 de julho de que haveria mudanças na Sucen, mas não houve nenhum pronunciamento oficial até o momento. Os rumores são de que haveria demissões e a extinção da autarquia.
A tensão aumentou quando o Superintendente Sucen, Dalton Pereira da Fonseca Junior, foi exonerado do cargo e substituído temporariamente pelo médico infectologista Marcos Boulos, que até o momento ocupava o cargo de assistente de coordenação da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD), ambos órgãos ligados à Secretaria de Estado da Saúde (SES) de São Paulo. A medida do governo foi publicada em Diário Oficial nesta sexta-feira (2).
Após as denúncias, o SindSaúde-SP enviou um ofício à Sucen solicitando a antecipação da reunião de negociação que está prevista para o dia 15 de agosto, para esclarecer o que o Governo do Estado pretende realmente fazer. Contudo, somente na última terça-feira, 6 de agosto, houve um retorno por parte da superintendência que a negociação não seria antecipada devido à recente mudança de superintendente.
“O governo do estado precisa deixar claro para as trabalhadoras e trabalhadores o que pretende fazer e nós, enquanto sindicato, vamos cobrar esclarecimentos e defender os diretos desses trabalhadores que exercem um papel tão importante para toda a população”, afirma Cleonice.
A presidenta do SindSaúde-SP reforça que uma eventual reestruturação nos órgãos envolvidos com o controle epidemiológico do estado de São Paulo, pode ser um verdadeiro desastre para a população. “Enfrentamos surto de dengue no início deste ano e é a Sucen que oferece treinamento e subsídio para os municípios fazerem o controle dos aedes agyptis, mosquito transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya. Sem a Sucen esse quadro que já está ruim, pode ficar incontrolável”, ressalta Cleonice.
Nos primeiros seis meses de 2019, já foram registrados quase 314 mil casos da doença no estado, 2.158% superior aos casos registrados ao longo de todo o ano de 2018, quando foram registrados 13.894 casos de dengue em São Paulo, segundo dados da CCD e do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) "Prof. Alexandre Vranjac", sendo considerada uma das piores epidemias de dengue já registradas.
Além disso, é a Sucen que faz o controle dos transmissores de malária, doença de Chagas, leishmaniose, esquistossomose, da febre maculosa, entre outros. Somente até junho deste ano já foram 7 mortes, entre os 16 casos registrados, devido à febre maculosa. “Esperamos que o estado não encerre esse trabalho, pois sem as atividades em campo, quem fará o controle desses vetores?”, questiona Cleonice.