Lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Furp e da Fosp será na nesta quinta, 24
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    Lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Furp e da Fosp será na nesta quinta, 24
    Autor: por Redação SindSaúde-SP
    24/10/2019

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    Devido ao anúncio do Governo do Estado de São Paulo de que serão extintas a Fundação para o Remédio Popular (Furp) e a Fundação Oncocentro de São Paulo (Fosp), nesta quinta-feira (24) será lançada a Frente Parlamentar em Defesa da Furp e da Fosp. O ato será durante a audiência pública, às 18h, no auditório Franco Montoro, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Av. Pedro Álvares Cabral, 201, São Paulo-SP).
     
    O evento contará com a presença de pacientes, trabalhadoras e trabalhadores de ambas as instituições, além de parlamentares e representantes do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde-SP), que irão tratar sobre a importância dessas fundações.
     
    Entre as integrantes da mesa de debates, estará representantes do Ministério Público de São Paulo, conselhos estadual e nacional de saúde, os presidentes da Associação Paulista de Saúde Pública, da Federação Nacional dos Farmacêuticos e a Profª Drª Primavera Borelli, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP.
     
    Fundações
    A Furp produz medicamentos a baixo custo, atende mais 3 mil municípios em todo país e seu fechamento poderia impactar negativamente a assistência à população, além disso afetaria os trabalhadores das duas fábricas (localizadas em Guarulhos e em Américo Brasiliense, no interior), só na unidade de Guarulhos são cerca de mil trabalhadoras e trabalhadores, que temem perder seus empregos caso o Governador João Doria feche a fábrica.
     
    A Fosp realiza diagnóstico precoce de câncer e reabilita pacientes mutilados por esta doença nas regiões da cabeça e pescoço. Esse serviço, que existe há quase 45 anos no estado de São Paulo, oferece um trabalho de excelência, atendendo pacientes de todo o Brasil por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) de forma desburocratizada, sem que o paciente passe anos na fila da central de regulação para conseguir atendimento.
     
    Além do tratamento em saúde, a confecção de próteses para esses pacientes permite que eles sejam reinseridos ao convívio social. “A reabilitação na Fosp ajuda na reintegração social e retomada da autoestima, temos receio que as mudanças que sejam feitas pelo governo prejudiquem nossos pacientes, porque até agora não há clareza de como será feita”, lamenta Andréa Alves de Sousa, dentista, trabalhadora da Fosp.
     
    A criação da Frente é uma iniciativa da deputada estadual Beth Sahão (PT). Além dela, o grupo integra parlamentares de diferentes partidos e tem por finalidade debater a viabilidade das duas instituições que correm o risco de serem extintas pelo Governo do Estado. “Infelizmente, o SUS está sob ataque de governos que querem transferir a responsabilidade do estado para particulares. Com isso, conquistas duramente obtidas passam a ser ameaçadas. A Furp é a maior fabricante pública de medicamentos da América Latina, com atuação no regulamento de preços para a população, e o Oncocentro faz um trabalho importantíssimo de reabilitação de pacientes com câncer de cabeça e pescoço. Eles não podem ser fechados por uma simples vontade do governador”, afirma Beth.
     
    Para a presidenta do SindSaúde-SP, Cleonice Ribeiro, além de desestruturar a assistência à  população, o fechamento das fundações e autarquias prejudicaria as trabalhadoras e trabalhadores. “Esses trabalhadores são especialistas em suas áreas, atendem a demanda específica da população e com excelência. Eles estão há décadas se dedicando a esse trabalho e o governo não pode de uma hora para outra acabar com tudo isso, são milhares de famílias que serão afetadas”. 
     
    Autarquias
    Além das fundações, o projeto do governo do estado é acabar com as autarquias e institutos de pesquisa, como a Superintendência do Controle de Endemias, o Instituto Adolfo Lutz e o Instituto Pasteur.
     
    Para o SindSaúde-SP falta clareza sobre todas as mudanças. “Fizemos uma reunião com superintendente interino da Sucen, Marcos Boulos, e na ocasião ficaram muitas dúvidas, que ele disse que ainda saberia nos informar. Nos disse apenas que o governo ainda discutirá dentro de uma comissão, com conselheiros técnicos, como será a atuação da Vigilância Epidemiológica em todo o estado. Enquanto, não temos esse retorno, os trabalhadores temem de como serão as mudanças”, conta Cleonice.









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