Estamos em luto por Sandra Oliveira, trabalhadora do HC, vítima de feminicídio
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    Estamos em luto por Sandra Oliveira, trabalhadora do HC, vítima de feminicídio
    Autor: Maria Aparecida de Deus Ribeiro Alves, Cidinha*
    30/10/2019

    Crédito Imagem: Arquivo pessoal

    É com pesar que informamos que a trabalhadora do centro cirúrgico do Hospital das Clínicas de São Paulo, Sandra Aparecida Oliveira, foi morta a facadas no último fim de semana, em sua casa no bairro de Cidade Ademar. O caso está sendo investigado como feminicídio, pois o principal suspeito é o ex-companheiro da vítima. 
     
    Ela foi encontrada morta pelo irmão, que afirmou que Sandra já vinha sendo ameaçada. Além disso, alguns parentes da vítima contaram, em entrevista à reportagem da RedeTV News, que ela já havia sido agredida pelo ex.
     
    Infelizmente, esse não é um fato isolado. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de feminicídio no Brasil é a quinta maior do mundo, com uma média de 4,8 assassinatos para cada 100 mil mulheres.
     
    De janeiro a agosto de 2019, os casos de feminicídio subiram 44% em São Paulo, se comparado ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento do G1.
     
    Nós mulheres temos que unir e promover ações para acabar com esses casos. Na última semana, as mulheres do SindSaúde-SP participaram do Seminário de Enfrentamento à Violência de Gênero no Trabalho, realizado pela Internacional de Serviços Públicos (ISP).
     
    Entre as palestrantes estavam Eleonora Menicucci, ex-ministra de Políticas para as Mulheres e Professora de Saúde Coletiva da Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); Nayareth Quevedo, secretária da sub-regional do Cone Sul da ISP; e Junéia Batista, vice-presidenta do Comitê Mundial de Mulheres da ISP, que falaram, respectivamente, sobre Marco Normativo internacional e sobre a Convenção 190, que trata de assédios sexuais e morais no mundo do trabalho e foi recentemente aprovada no âmbito da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
     
     
    Além disso, participamos da oficina de capacitação: Compartilhando Boas Práticas Sindicais para combater a Violência de Gênero no Setor Saúde”, que aconteceu nos dias 24 e 25 outubro. Para que com base nas experiências que foram trocadas, nós possamos tentar reverter esse triste quadro. Não podemos permitir que outras “Sandras” percam o direito de viver.
     
    Sandra era uma mulher, negra trabalhadora e em seu nome e de tantas outras mulheres, vítimas de feminicídio, precisamos ir à luta.
     
    Sandra, presente!
     
     
    *Maria Aparecida de Deus Ribeiro Alves, a Cidinha, é secretária de Mulheres do SindSaúde-SP, pela gestão 2019-2021.









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