Notícia
Esse grupo montou uma barraca, em 25 de setembro, numa praça em frente ao Hospital Pérola Byington, referência no atendimento à mulher e um dos poucos serviços públicos em que é possível realizar o aborto legalizado, e desde então, realizou ações que constrangeram as pacientes. Repudiamos a abordagem a essas mulheres num momento fragilidade e repudiamos também o ato de violência contra uma das pacientes no dia 21 de outubro, que ao relatar sua história para alguns integrantes do grupo acabou sofrendo um “mata-leão” de um homem e levou vário tapas no rosto de outra integrante.
Para o SindSaúde-SP é importante frisar que o Programa Bem-Me-Quer, criado em 2001, que atende vítimas de abusos sexuais de todos os gêneros e idades, oferecendo amparo jurídico, psicológico e social, atende aproximadamente 400 pessoas por mês e segundo informações dos(as) trabalhadores(as), mais de 50% delas são crianças. Então, a ação desse grupo prejudica todos os pacientes.
Aborto legal
O aborto legal é uma conquista do movimento de mulheres e que deve ser garantida e preservada. O SindSaúde-SP repudia qualquer ação que possa impedir ou constranger uma mulher por ir buscar algo que já lhe é direito.
Atualmente, a legislação brasileira permite que mulheres que tenham engravidado devido a estupro, que estão em gestação de fetos anencéfalos ou em gestação de risco possam abortar e impedir o aborto legal coloca em risco a mulher, pois muitas vezes terá que submeter a um aborto clandestino, que pode causar graves sequelas ou leva-las à morte.
Além de repudiar a ação, o SindSaúde-SP está apoiando a vigília em defesa das pacientes, trabalhadoras e trabalhadores do Hospital Pérola Byington, que se instalou em frente ao hospital após o registro de agressão, para garantir que tal grupo não as importunem mais.
SindSaúde-SP em defesa dos pacientes, trabalhadoras e trabalhadores do Pérola!