Votação da Reforma da Previdência está suspensa devido à liminar, mas mobilização continua
Autor: Redação SindSaúde-SP
09/12/2019
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Trabalhadoras e trabalhadores do serviço público do Estado de São Paulo, organizados por diversas entidades entre elas o SindSaúde-SP, ocuparam as galerias da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) na manhã desta segunda-feira (9).
A sessão extraordinária, agendada para às 9h foi suspensa, devido a liminar conquistada pelo deputado Emídio de Souza, que faz oposição ao governo. Contudo, apesar desta pequena vitória, a mobilização não pode acabar. “Temos que visitar os gabinetes para pressionar os deputados e as deputadas, principalmente, os que estão indecisos”, salienta a presidenta do SindSaúde-SP, Cleonice Ribeiro, que completa: “A liminar pode ser derrubada a qualquer momento e a sessão de votação ser retomada.”
Logo que as trabalhadoras e os trabalhadores do serviço público lotaram as galerias, o deputado Carlos Gianazzi compareceu em frente ao Plenário Juscelino Kubitschek para explicar como seria os encaminhamentos da Casa durante o dia. “Temos que ficar atentos, porque se a liminar for derrubada, o presidente da Alesp irá chamar uma sessão extraordinária para às 19h para votar a reforma, se não houver tempo hábil para chamar ainda hoje, provavelmente, será convocada para amanhã (10), às 9h”, avaliou. Além disso, o deputado reforçou que às 14h, haverá sessão ordinária, na qual não haverá votação.
Trabalhadores da saúde pública de todo o estado, mobilizados pelo SindSaúde-SP, chegaram cedo na Alesp para acompanhar as atividades e estão de plantão na Alesp. “É extremamente importante ocupar o plenário hoje à tarde, para mostrar a mobilização dos trabalhadores e deixar claro para a bancada do governo que não aceitamos o confisco de 14%, muito menos perder o direito à aposentadoria. Por isso, todos os trabalhadores devem estar aqui na Alesp às 14h e às 19h nesta segunda”, reforça Cleonice.
O deputado Carlos Gianazzi ressaltou que a Reforma da Previdência é a prioridade do Governo Doria e do presidente da Alesp, Cauê Macros, ambos do PSDB. "Temos mais duas semanas no calendário do legislativo, mas se for preciso, o presidente da casa pode estendê-lo para votar esse texto ainda este ano e deixar o orçamento para o início do ano que vem", explicou Gianazzi.