Notícia
O SindSaúde-SP não vai permitir tal negligência, vamos acionar a justiça buscando a proteção dessas pessoas e vamos organizar as unidades de saúde para impedir uma tragédia anunciada
Dando continuidade aos projetos fascistas do governo federal, o governador de São Paulo está colocando na pauta o extermínio dos idosos do estado. Das 18 mortes já confirmadas, 15 são do Estado de São Paulo apenas uma das mortes registradas tinha menos de 5º anos e tinha problemas de saúde.
Com suas políticas neoliberais, que prioriza o econômico acima do social, Jair Bolsonaro e João Doria Jr. colocam em pauta a lei do estado mínimo, que corta investimentos nas áreas públicas, como saúde, educação e segurança.
O governo estadual segue parte das orientações do Ministério da Saúde e está promovendo a quarentena dos suspeitos de estarem infectados por Covid-19, provocou a redução do fluxo de pessoas nas cidades e até promulgou regras de confinamento e com essas medidas afirma estar cuidando da sociedade.
Contudo, mantém uma visão preconceituosa sobre o funcionalismo público prevalece e Doria não liberou do trabalho as trabalhadoras e os trabalhadores da saúde que possam ser considerados do grupo de risco, como pessoas acima de 60 anos, gestantes, diabéticos, .
Mais de 60% das trabalhadoras e dos trabalhadores da saúde ligados ao governo do Estado estão acima de 50 anos, destes mais de 15% tem mais de 60 anos, e muitos deles possuem doenças crônicas. Estas pessoas não se negam a trabalhar, mas elas podem morrer se não foram tratadas com o cuidado merecido.
Enquanto nos países europeus são feitos pesados investimentos para combater o avanço do Covid-19, no Brasil eles propõem cortes nos salários, riem do problema, na cara do povo. Estamos morrendo, e ainda mal começou. Trabalhadores da saúde no estado, em sua maioria, idosos, são obrigados a irem trabalhar, enfrentando transporte precário, lotados e sujos.
No desespero, trabalhadores idosos estão ameaçando pedir demissão para se protegerem. Com o governo ameaçando ainda reduzir os salários dos trabalhadores públicos, nos restaram poucas alternativas.
Na Itália, com condições parecidas com o Brasil, morreram 793 pessoas nas últimas 23 horas. No Brasil o pico da doença ainda não chegou, o que acontecerá nos próximos 2 meses. Sem controle, com deboches, risos, e descaso, milhares de pessoas irão perder a vida no Brasil e, a maioria, sexagenários.
Precisamos cuidar de quem cuida e proteger aqueles que já deram suas vidas pelo serviço público da saúde. O SindSaúde-SP não vai permitir tal negligência, vamos acionar a justiça buscando a proteção dessas pessoas e vamos organizar as unidades de saúde para impedir uma tragédia anunciada.