Covid-19: trabalhadoras e trabalhadores que fazem parte do grupo de risco devem solicitar afastamento de suas funções
Autor: Redação SindSaúde-SP
26/03/2020
Crédito Imagem: SindSaúde-SP
As trabalhadoras e os trabalhares da saúde estadual que estejam no grupo de risco devem procurar os diretores ou diretoras regionais do SindSaúde-SP, para preencher um requerimento administrativo para solicitar o afastamento de funções.
Fazem parte do grupo em condições de vulnerabilidade todas as trabalhadoras e todos os trabalhadores com 60 anos ou mais; gestantes; portadores de doenças respiratórias crônicas, cardiopatias, diabetes, hipertensão ou outras afecções que deprimam o sistema imunológico.
O documento deve ser protocolado nos Recursos Humanos (RH) em duas vias (guarde uma com você). É importante constar o horário e data em que o pedido foi entregue.
Além disso, o SindSaúde-SP está entrando com uma ação na Justiça para solicitar:
1º - O afastamento imediato de todas as trabalhadoras e trabalhadores que fazem parte do grupo de risco;
2º - Que todos os trabalhadores e trabalhadoras que continuam na ativa, durante esse período, possam fazer o teste rápido de Coronavírus, caso apresentem sintomas da doença;
3º - Que haja equipamentos de proteção individual (EPI’s) e de proteção coletiva (EPC’s) para todos os trabalhadores e todas as trabalhadoras que estão na ativa.
As ações do SindSaúde-SP tem como objetivo preservar a vida daqueles que estão na linha frente no combate ao Coronavírus e que trabalham há anos, sem valorização profissional, com baixos salários e sobrecarga de trabalho, devido a falta de abertura de concursos públicos.
Já afirmamos anteriormente que nossa categoria não se nega a trabalhar e nem de atender aos casos de Coronavírus. Ao contrário, é um orgulho fazer parte do Sistema Único de Saúde (SUS) e apoiar toda a população do Estado de São Paulo.
Mas as trabalhadoras e os trabalhadores da saúde pública, que compõem o grupo de risco, não podem pagar com suas vidas pelos erros recorrentes do governo do Estado que não realizou os concursos necessários e, agora, vive o reflexo da falta de pessoas.