Trabalhador em serviço essencial não passou por capacitação e ficou sem EPIs, aponta pesquisa
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    Trabalhador em serviço essencial não passou por capacitação e ficou sem EPIs, aponta pesquisa
    Autor: Rede Brasil Atual - Mario Oliveira
    16/04/2020

    Crédito Imagem: RBA

    Quase 80% disseram não ter tido treinamento, a maioria não recebeu equipamentos e mais da metade está passando por sofrimento psicológico
     

    Profissionais do setor sem as condições adequadas se arriscam, levam perigo para suas famílias e também põem a população em perigo
     
    São Paulo – Trabalhadores em serviços essenciais, principalmente da saúde e do setor público, não tiveram capacitação adequada e receberam equipamentos de proteção individual (EPIs) em quantidade insuficiente, aponta pesquisa coordenada pela Internacional de Serviços Públicos (ISP). A confederação – que representa 30 milhões de empregados no mundo em 700 entidades e 154 países – lançou a campanha Trabalhadoras e Trabalhadores Protegidos Salvam Vidas, lembrando que alguém que atua no setor sem as condições adequadas se arrisca e também põe a população em perigo.

    A pesquisa é realizada pela representação brasileira da ISP em vários estados – com destaque para São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará –, até agora com 1.025 questionários respondidos. Desse total, 77% afirmaram não ter passado por capacitação adequada para o trabalho com a população e 67% apontaram insuficiência de EPIs – 11% disseram não ter recebido nenhum equipamento.

    Apenas pouco mais da metade (51%) recebeu máscaras, por exemplo. Para a secretária subregional para o Brasil da ISP, Denise Motta Dau, os resultados preliminares são indicadores “importantes e preocupantes”, vindos de quem está no dia a dia do enfrentamento da pandemia.

    Das mais de mil respostas obtidas até agora, 58% são de servidores públicos e 84%, de trabalhadores na saúde, sendo 34% de enfermeiros e 12%, técnicos em enfermagem. A maioria (77%) é de mulheres. Mais da metade (55%) afirmam estar passando por sofrimento psicólogo com a crise. E 10% têm trabalhado mais de 12 horas por dia.

    Entidades do setor discutem estratégias para enfrentar a situação. E lembram que em 28 de abril se celebra o Dia Mundial da Segurança e da Saúde no Trabalho, data em que a mobilização deverá ser reforçada.

    LEIAM AQUI O RELATÓRIO DA ISP BRASIL: 

    http://sindsaudesp.org.br/novo/publicacoes.php?edicao=1587059300.pdf&tipo=diversos










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