Equipamentos de proteção contra coronavírus são fornecidos em quantidade insuficiente, revela enquete nacional com trabalhadores de serviços essenciais
Autor: ISP
27/04/2020
Crédito Imagem: SindSaúde-SP
Maior parte dos profissionais não recebeu treinamento e está passando por sofrimento psíquico. Levantamento integra a campanha "Trabalhadoras e Trabalhadores Protegidos Salvam Vidas", realizada pela Internacional de Serviços Públicos e suas filiadas no Brasil
Um questionário respondido voluntariamente de 27 de março a 21 de abril por 1.794 trabalhadoras e trabalhadores de serviços essenciais que estão na linha de frente de resposta à pandemia de coronavírus revela que no caso de 62% dos respondentes, os equipamentos de proteção individual (EPIs), quando chegam, são em quantidade insuficiente para a devida troca e higienização. Metade dos profissionais sequer tem recebido máscaras de proteção.
Outro fator de grande preocupação é a afirmação de que a maioria, tanto de profissionais de saúde (64%), quanto de outros trabalhadores e trabalhadoras de serviços públicos (80%), não recebeu treinamento adequado para lidar com as situações de atendimento decorrentes da pandemia.
Além disso, 53% dos trabalhadores afirmaram estar passando por algum sofrimento psíquico, situação que provavelmente está relacionada, entre outros fatores, justamente à falta de EPIs e treinamento adequado.
Esses e outros dados fazem parte de um levantamento que integra a
campanha "Trabalhadoras e Trabalhadores Protegidos Salvam Vidas", lançada em 31 de março pela Internacional de Serviços Públicos e suas filiadas no Brasil, cujo objetivo é, a partir das informações coletadas, pressionar gestores públicos e empregadores privados a melhorá-las. A coleta das respostas é feita por meio de um questionário online – a identificação não é obrigatória.
Leia o relatório sintético da enquete aqui.