NOTA DE REPÚDIO

 

 

Em primeiro lugar, os profissionais da saúde exerciam seu direito constitucional e democrático de realiza um protesto. Tal ação foi organizada pelo Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal, e era pacífica.

 

Nada justifica a violência utilizada por meia duzia de apoiadores do governo de Bolsonaro. Eram pouco, mas histéricos e mal educados, sem limite ético e nenhuma capacidade de conviver com a democracia.

 

A democracia é o espaço não violento para a divergência, nem todos precisam concordar, mas todos devem respeitar as diferenças de opinião, ideologia e posição política. O protesto era em defesa da saúde pública, defendia bandeiras de luta de interesse de toda a população.

 

É notório que o Presidente da República comete crime de responsabilidade ao desrespeitar o isolamento social, participar de atos públicos e difundir mentiras sobre a grave crise provocada pela Pandemia do Covid-19.

 

Enquanto Bolsonaro e sua família fazem luta partidária e ideológica, milhares de pessoas morrem. Enquanto todos os cálculos do governo se voltam para a disputa eleitoral de 2022, profissionais da saúde trabalham em condições precárias, com baixos salários, são contaminados por não deterem de EPIs adequados, e morrem em seu ofício.

 

Esse ato da militância pró-governo contra os enfermeiros e enfermeiras não é isolado e tem relação direta com as ações e discursos do Presidente da República. Essas pessoas sentem-se autorizadas a difundir a ignorância e a falta de respeito quando veem seu líder fazer o mesmo.

 

Essas são as primeiras etapas do fascismo, a falta de diversidade e de democracia. E a pergunta que toda a classe trabalhadora se faz é: até quando permitiremos?

 

Fora Bolsonaro e respeito aos funcionários públicos que estão dando sua vida para combater a Pandemia.

 

Viva o SUS e todos as trabalhadoras e trabalhadores da saúde. Viva a democracia!

 

Cleonice Ribeiro

Presidenta SindSaúde-SP