Brasil registra novos ‘recordes’ de covid-19: 600 mortes e 6,9 mil casos em 24 horas
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    Brasil registra novos ‘recordes’ de covid-19: 600 mortes e 6,9 mil casos em 24 horas
    Autor: RBA - Gabriel Valery
    06/05/2020

    Crédito Imagem: RBA

    O ministério tenta minimizar o crescimento ao afirmar que nem todas mortes aconteceram hoje, mas sim foram notificadas. Entretanto, curva está em forte ascensão. E não se sabe ao certo sobre mortos de hoje
     
     
    O número de infectados confirmados também deu um salto significante. Foram 6.935 nas últimas 24 horas

    São Paulo – Boletim desta terça-feira (5) do Ministério da Saúde registra 600 mortos pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas. É o maior número de óbitos nesse período desde que a pandemia chegou ao país. Ao todo, o país já tem oficialmente 7.921 vítimas. O número de infectados confirmados também deu salto significativo: foram 6.935 nas últimas 24 horas, totalizando 114.715. A letalidade da doença no Brasil está em 6,9%.
    O secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Wanderson Kleber de Oliveira, tentou minimizar a escalada agressiva do número de mortos, ao explicar que nem todas as 600 pessoas morreram no período equivalente a um dia, mas que foi este o total de óbitos confirmados no período. Ou seja, os dados incluíram resultados de testes realizados anteriormente.

    Entretanto, o ministério não esclarece se as 600 mortes divulgadas hoje representam uma tendência de elevação da chamada curva epidemiológica. Wanderson alegou, em relação às mortes mais recentes pela covid-19, que “25 faleceram nesta terça-feira, 51 faleceram na segunda-feira e 48, no domingo”. Entretanto, muitas outras ainda não tiveram o exame realizado, e devem incrementar dados futuros.

    Enquanto isso, estudos internacionais já apontam o Brasil como o país com evolução mais rápida da pandemia. Hoje, o país está entre os 10 mais infectados do mundo, superando antigos epicentros, como China e Irã.

    Isolamento

    Medidas de distanciamento e isolamento social seguem como a melhor recomendação para achatar a curva epidemiológica. A cada dia, mais cidades entram em alerta para o colapso iminente de seus sistemas de saúde e funerário, tanto o público como o privado. Manaus e Belém são casos já considerados graves. A Grande São Paulo, que tem uma das maiores concentrações de leitos por habitantes, já tem 87% das UTIs ocupadas.

    Um choque de informação e desinformação, provocado pelo governo federal, levou parte da população a deixar o isolamento. Nas duas últimas semanas, em dias úteis, São Paulo registrou índice de isolamento social abaixo de 50%. O ideal, de acordo com autoridades de saúde, seria algo em torno de 70% a 75%. Em razão disso, diferentes governos estaduais e prefeituras estudam endurecer medidas para evitar maiores colapsos.
    Curva epidemiológica do novo coronavírus no Brasil









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