Campanha Eu sou o SUS integra bandeiras de lutas em ato realizado pelo SindSaúde-SP

A Campanha Eu sou o SUS fez parte das muitas bandeiras de luta incorporadas pelos servidores públicos estaduais da área de saúde durante ato em defesa dos trabalhadores dos hospitais Guianases e São Matheus. O ato realizado no último 10 de junho pelo Sindsaúde SP – Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo reuniu servidores, dirigentes sindicais e representantes dos moradores em frente à Secretaria de Saúde do Estado para dizer “não” à proposta do governo de transferência dos profissionais por conta das iniciativas de municipalizar uma das unidades e de transferir a gestão da outra para Organização Social.

 

Vários trabalhadores da saúde acompanharam o ato carregando seus cartazes com o tema da Campanha idealizada pela CNTSS/CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social e suas entidades filiadas em defesa dos profissionais e do SUS – Sistema Único de Saúde. “Eu sou o SUS” busca dialogar com o conjunto da sociedade e os governos sobre a importância destes profissionais que se arriscam dia a dia para salvar vidas na luta contra o Covid-19. É também a forma de reiterar a importância dos servidores e dos serviços públicos que estão presentes nas mais variadas e importantes áreas das estruturas governamentais.  

 

Nos casos específicos dos Hospitais Gerais de Guaianases (HGG) e São Mateus (HGSM), serão atingidos com as medidas do governo mais de 2 mil profissionais do SUS, além de toda a comunidade destas duas localidades que se encontram na Zona Leste de capital paulista, bairros que possuem um grande contingente populacional, formado principalmente por famílias de baixa renda e que necessitam destes serviços de saúde, principalmente neste momento de combate à pandemia. A organização dos trabalhadores foi intensificada pelo Sindsaúde SP nestas unidades para garantir a defesa dos diretos destes servidores e da população local.

 

Lançada em 12 de maio, a Campanha “Eu sou o SUS” quer demonstrar o cotidiano nada fácil dos trabalhadores do SUS a partir das suas atividades profissionais nas mais variadas funções que compõem o sistema público de saúde e os riscos que são expostos pelo atendimento prestado ao paciente com Covid-19. Situações semelhantes vivem os demais trabalhadores essenciais que permaneceram na ativa para que fosse possível ampliar o isolamento físico neste período da pandemia.

 

A pandemia trouxe o alerta sobre as dificuldades encontradas nos sistemas de saúde que têm levado ao contágio e morte de muitos destes profissionais por conta de um processo contínuo de sucateamento da área em virtude do desfinanciamento que vem se dando desde o golpe de 2016, que levou ao poder Temer e Bolsonaro.  A campanha quer apresentar estes profissionais e envolver a sociedade na sua defesa e valorização.

 

Por todo o país, estes trabalhadores estão desempenhando suas funções e salvando vidas em condições extremamente precárias, o que tem levado a que um número grande destes trabalhadores seja infectado e muitos deles vindo a óbito. Os servidores e os serviços públicos tão violentamente desprezados pelas políticas neoliberais de governos que chegaram ao poder a partir do golpe de 2016 hoje são vistos pela sociedade como fundamentais para dar suporte neste momento da pandemia.