PM impede que protesto de trabalhadores do Iamspe e da educação chegue até o Palácio dos Bandeirantes
Sindicato unido e forte
desde 1989


    PM impede que protesto de trabalhadores do Iamspe e da educação chegue até o Palácio dos Bandeirantes
    Autor: Redação SindSaúde-SP
    30/07/2020

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    Carreata de trabalhadoras e trabalhadores do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), que protestava em defesa da vida, foi impedida pela Polícia Militar (PM) de seguir até o Palácio dos Bandeirantes, onde fica a sede do Governo do Estado, em manifestação realizada na última quarta-feira (30).

     

    Os trabalhadores têm como pauta: melhores condições de trabalho, principalmente, diante de morte de nove de profissionais do Instituto devido ao Covid-19 e o afastamento de inúmeros trabalhadores por conta da doença, além do pagamento do bônus (bonificação de resultados) e a volta do Instituto para a gestão da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

     

    A carreata saiu da av. Borges Lagoa, onde está localizada a entrada Ambulatório do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) e seguiu até as imediações do Estádio do Morumbi, quando encontraram o primeiro bloqueio da PM. Veja no vídeo abaixo:

     

    Por conta dos fechamentos das vias, os trabalhadores decidiram seguir a pé, contudo, a PM fez outra barricada impedindo que os manifestantes seguissem.

     

    O protesto

    As trabalhadoras e os trabalhadores decidiram se unir ao protesto dos professores, organizado pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), durante a assembleia realizada em frente ao HSPE na última quinta-feira (23), diante do silêncio da superintendência do Iamspe e do governo do Estado após as reivindicações e diversos protestos realizados pelos profissionais.

     

    Entenda o caso e a pauta de reivindicações

    Desde o início da Pandemia de Covid-19, nove trabalhadores do Iamspe morreram devido à doença, sem contar os inúmeros casos de infecção, muitos deles de setores administrativos, demonstrando que todos os trabalhadores que estão em atuação estão expostos ao risco e merecem o pagamento do adicional de 40% referente à insalubridade, grau máximo permitido em lei.

     

    Os trabalhadores também são contra as terceirizações que estão acontecendo no hospital e exigem que haja abertura de concursos para recompor o quadro funcional. Entre os problemas causados pela terceirização está a desvalorização de quem está na ativa há décadas, pois até o valor dos plantões-extras pagos pelas empresas terceirizadas são maiores dos que os que são pagos aos trabalhadores efetivos (clique aqui e veja tabela no boletim).

     

    Outro ponto da pauta dos trabalhadores é o retorno para a Secretaria de Estado da Saúde (SES), pois os trabalhadores relatam que desde que o governo começou a mudar o Iamspe de secretaria, em 2008, as perdas foram se agravando e as negociações ficaram cada vez mais difíceis.

     

    A falta de pagamento do bônus é um exemplo dessas perdas, os trabalhadores recebem o valor anualmente, em meados do mês de março, mas este ano, segundo a superintendência do Iamspe, os trabalhadores não receberam ainda, devido à mudança de secretaria, pois, em 2019, o Instituto saiu da Secretaria de Gestão e Planejamento e passou a ser vinculado à Secretaria de Governo, que não permite pagamento de bônus aos seus trabalhadores, por falta de lei específica que o regulamente. Os trabalhadores contestam tal alegação, tendo em vista que o valor já estava previsto na lei orçamentária anual.

     

    Contra todos esses problemas e em homenagem aos trabalhadores que foram vítimas da Covid-19, os trabalhadores fizeram uma paralisação parcial de 48 horas (para não prejudicar o atendimento), durante os dias 16 e 17 de julho e a assembleia no dia 23 e mesmo assim não tiveram nenhum retorno por parte da superintendência. “A Superintendência disse à imprensa que está negociando essas pautas conosco, mas não diz que estamos há anos com salários defasados e que nenhuma de nossas reivindicações estão sendo atendidas”, conta Regina Bueno, secretária de Assuntos Jurídicos do SindSaúde-SP e trabalhadora do Iamspe.

     

    As assembleias e mobilizações são organizadas pelo SindSaúde-SP em parceria com Associação dos Funcionários do Iamspe (Afiamspe), Associação dos Enfermeiros do HSPE (Aehspe), Associação dos Fisioterapeutas, Associação dos Farmacêuticos (Afarmiamspe).

     









Ao clicar em enviar estou ciente e assumo a responsabilidade em NÃO ofender, discriminar, difamar ou qualquer outro assunto do gênero nos meus comentários no site do SindSaúde-SP.
Cadastre-se









Sim Não