Brasil perdeu 100 mil trabalhadores do serviço público em 30 anos
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    Brasil perdeu 100 mil trabalhadores do serviço público em 30 anos
    Autor: Redação - SindSaúde-SP
    29/10/2020

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    Ao mesmo tempo em que a população brasileira cresceu cerca de 30% em três décadas, o país perdeu 100 mil trabalhadoras e trabalhadores do serviço público, o que mostra que os defensores da reforma administrativa do governo federal estão errados quando dizem que há excesso de pessoal na máquina pública.

    Os dados são da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e o Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate).
    Essas entidades contestaram números divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que defende a reforma alegando que os custos do funcionalismo são altos.

    Perda

    Os dados mostram que, nos últimos 30 anos, o número de trabalhadoras e trabalhadores do serviço público caiu de 710 mil para 610 mil, enquanto a população brasileira cresceu de 164 milhões para 211 milhões de pessoas.
    Isso significa que, há 30 anos, havia um servidor para atender a um grupo de 240 pessoas, enquanto hoje essa proporção está em um para 346 brasileiros, o que corresponde a um aumento de pouco mais de 50%.

    PEC

    Desse modo, a justificativa da CNI, de que o Brasil é o sétimo país entre os 70 que mais gastam com servidores é falsa, na opinião das entidades que contestaram os dados.

    Na visão delas, a confederação usou um argumento falso para favorecer a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32/2020, a reforma administrativa do governo federal que tramita no Congresso Nacional, e que prevê uma série de desmontes no serviço público brasileiro.

    Além disso, o número de Brasil trabalhadoras e trabalhadores do serviço público representa 12,5% do total de trabalhadores do país, porcentual menor que a média de 21,2% da média dos países que compõem a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
     
    Com informações do site da CUT.









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