Saúde brasileira está 73% nas mãos de empresas privadas
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    Saúde brasileira está 73% nas mãos de empresas privadas
    Autor: Redação - SindSaúde-SP
    03/11/2020

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

     
    A maioria dos hospitais e unidades básicas de saúde já tem sua gestão nas mãos de empresas privadas com ou sem fins lucrativos, conforme reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, no último sábado (31), e que tem como base dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) levantados no ano passado.

    Segundo a reportagem feita pela colunista de saúde Cláudia Collucci, essas empresas são responsáveis pela gestão de 3.013 serviços públicos de saúde do país, o que corresponde a 73%. Deste total, 58% está sob gestão de OS’s (Organizações Sociais), entidades sem fins lucrativos, e 15% nas mãos de empresas privadas por meio de Parcerias Público-Privadas (PPP’s).

    Ainda conforme a reportagem, em quatro anos, a gestão terceirizada de unidades de saúde dos 5.570 municípios brasileiros subiu de 10,6% para 13,2%. Nestes casos, os serviços públicos de saúde dos municípios são geridos por uma entidade não governamental, incluindo ONG’s, instituições filantrópicas, santas casas, empresas, associações e outros organismos do terceiro setor. Contudo, nessas situações, o serviço de saúde continua sendo de responsabilidade do município.

    O estudo mostra também que, em municípios com mais de 500 mil habitantes, 83,3% das unidades de saúde são geridas por organizações sociais, que também estão presentes em 24 dos 26 estados brasileiros.

    Decreto

    Na semana passada, o SUS sofreu um ataque do governo federal, quando um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, que abria as PPP’s nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s).

    A atenção básica é a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) e a medida do presidente poderia ser um indicativo de sua intenção de privatizar o SUS, o que ele negou.

    Após pressão popular, o presidente Bolsonaro voltou atrás e revogou o decreto, mas reafirmou sua vontade de reeditá-lo posteriormente.

    Importante frisar que o SindSaúde-SP defende que o SUS continue sendo público e universal, como apregoa a Constituição Federal.









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