Uma das principais referências em pesquisa e produção de soros e vacinas no Brasil, o Instituto Butantan, localizado na zona oeste de São Paulo, informou ontem (10) que começou a produzir a vacina contra a Covid-19, a Coronavac, em parceria com a fabricante chinesa Sinovac.

Já chegaram ao instituto, vindos da China, 600 mil litros de insumos, quantidade suficiente para produzir até 1 milhão de doses por dia, gradativamente, da Coronavac.

Imunização

Passados quase nove da pandemia de coronavírus, o governo brasileiro ainda não definiu um Plano Nacional de Imunização. Por essa razão, o estado de São Paulo preferiu estabelecer um plano próprio, especialmente por contar com o Instituto Butantan, uma referência no segmento de pesquisa e produção de vacinas.

Parceiro na produção da Coronavac, a previsão do governador João Doria Jr. - que busca protagonismo político na pandemia, com vistas à Presidência da República nas eleições de 2022 – é começar a vacinação em 25 de janeiro, apesar de a Coronavac ainda não ter registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para obter o registro, o Butantan necessita enviar ao órgão regulador a conclusão dos estudos da fase 3 da vacina, o que inclui a taxa de eficácia, a qual ainda não foi divulgada. O instituto pretende enviá-la até 15 de dezembro.

Casos

O SindSaúde-SP, favorável à vacinação, entende que a vacina não deveria ser usada como instrumento político, especialmente neste frágil momento, em que o número de casos no Brasil começa a crescer.

Conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde, São Paulo tinha, até o fim da manhã de ontem (11), 1.316.371 casos confirmados da doença e 43.661.

Já o Brasil contava, até esta manhã, 6.781.799 casos de Covid-19 e 179.765 mortes.