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    Após pressão de governadores, Pazuello antecipa início da vacinação
    Autor: SINDSAÚDE-SP
    18/01/2021

    Crédito Imagem: SINDSAÚDE-SP

    Depois que o governador João Doria Jr. saiu na frente na campanha da vacinação contra a Covid-19, o ministro da Saúde e o general da ativa, Eduardo Pazuello, anunciou, na manhã desta segunda-feira (18), a entrega de vacinas para os estados e o início da imunização a partir das 17 horas de hoje. O anúncio foi feito em ato simbólico realizado no Centro de Distribuição Logística do Ministério da Saúde, em Guarulhos, na Grande São Paulo, e contou com a presença de alguns governadores.

     

    Ontem (17), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial da Coronavac, vacina feita pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac, e da Oxford-AstraZeneca, da Fiocruz.

     

    Após a aprovação, o governador de São Paulo, durante ato no Hospital das Clínicas, iniciou a vacinação de profissionais de saúde da unidade. A primeira vacinada foi a enfermeira Mônica Calazans, 54 anos, que é intensivista no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na capital paulista.

     

    Negra, moradora da zona leste de São Paulo e do grupo do risco (tem obesidade, pressão alta e diabetes), Mônica trabalha na linha de frente da Covid-19 e foi uma das voluntárias da pesquisa da vacina (ela tomou placebo).

     

    Poucas doses

    O Programa Nacional de Imunização (PNI) estava previsto para começar na quarta-feira (20), mas Pazuello disse que, depois de ouvir governadores, decidiu antecipá-lo para esta segunda. O ministro, no entanto, não deu detalhes de como será a campanha brasileira de vacinação contra a Covid-19.

     

    Por enquanto, a Coronavac é a única vacina que o Brasil tem disponível e a quantidade é insuficiente até mesmo para imunizar todos os profissionais de saúde.

     

    No momento, estão à disposição dos estados as 6 milhões de doses produzidas na China. Lembrando que cada pessoa precisa de duas doses da Coronavac para completar o ciclo de imunização, o que significa que esse total é suficiente para vacinar 3 milhões de pessoas.

     

    Essas 6 milhões de doses serão distribuídas proporcionalmente entre os estados brasileiros.

     

    São Paulo

    São Paulo tem 1,5 milhão de profissionais de saúde e, pela critério da proporcionalidade, vai receber 1,367 milhão de doses.

     

    Até esta manhã, o estado já havia vacinado mais de 100 profissionais da saúde do Hospital das Clínicas, além de outros em hospitais de algumas cidades do interior.

     

    Em entrevista à “Radio CBN” nesta manhã, o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, disse que o Instituto Butantan produziu 4,8 milhões de doses da Coronavac, mas o lote ainda aguarda aprovação da Anvisa para ser disponibilizado.

     

    Ele disse também que o instituto tem capacidade para produzir 1 milhão de doses da Coronavac por dia, mas a falta de insumos da China, que aguardam a liberação do órgão regulador de lá, atrasam a produção aqui. "Mas nossa previsão é produzir 46 milhões de doses até o fim de março ou ínicio de abril", disse o secretário.

     

    Sobre a quantidade de vacinas insuficiente até mesmo para imunizar os profissionais de saúde, ele disse: “Não escolheremos nem a dedo, mas a unha, ou seja, quem realmente precisa (da vacina) entre os profissionais”.










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