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    Covid-19: nota técnica e estudo mostram que não há tratamento preventivo
    Autor: SINDSAÚDE-SP
    05/02/2021

    Crédito Imagem: SINDSAÚDE-SP

    Duas publicações recentes confirmam aquilo que vários outros estudos e instituições ligadas à comunidade científica já comprovaram: não existe tratamento preventivo contra a Covid-19. Pesquisas já comprovaram e vêm comprovando que o uso de ivermectina e hidroxicloroquina não funcionam para essa finalidade.

     

    A Merck, fabricante farmacêutica da ivermectina, lançou uma nota ontem (04) afirmando que não existem dados suficientes mostrando que o medicamento funciona no tratamento preventivo contra a Covid-19. Outro estudo, conduzido por um dos mais prestigiosos jornais científicos do mundo e também publicado na quinta-feira, confirma que a hidroxicloroquina não é eficaz nesse tipo de tratamento.

     

    A ivermectina é usada no tratamento contra uma série de parasitas, como piolho, e vermes. Já a hidroxicloroquina é utilizada para de doenças como artrite reumatoide, lúpus e malária.

     

    Na nota da Merck, a farmacêutica diz existir “uma preocupante falta de dados de segurança na maior parte dos estudos” que relacionam o uso da ivermectina no tratamento contra a Covid-19.

     

    Hidroxicloroquina

    O estudo publicado pelo “The New England Journal of Medicine” somou-se a outros que comprovam que a hidroxicloroquina não é eficaz para a Covid.

     

    O estudo, feito por pesquisadores espanhóis, foi realizado com quase 3 mil voluntários. A pesquisa concluiu que “a terapia pós-exposição com hidroxicloroquina não evitou a infecção por SARS-CoV-2 ou Covid-19 sintomático em pessoas saudáveis expostas a um paciente com PCR positivo”.

     

    Lembrando que, no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Sociedade Brasileira de Infectologia também vieram a público dizer que não existe tratamento precoce para a Covid-19.

     

    Governo federal

    Durante a pandemia, o governo federal gastou milhões para que o Exército pudesse produzir hidroxicloroquina em seu laboratório. Em Manaus, enquanto faltava oxigênio para os pacientes de Covid, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, esteve lá para indicar o tratamento preventivo.

     

    A Saúde havia lançado, em janeiro, um aplicativo chamado TrateCOV, no qual o tratamento com hidroxicloroquina e ivermectina era recomendado a pessoas com suspeita de Covid. Após grande polêmica, a plataforma foi tirada do ar.

     

    Ontem, em sua costumeira live realizada às quinta-feiras em suas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro reconheceu, pela primeira vez, que a hidroxicloroquina pode ser um “placebo”.

     

    “Pode ser que, lá na frente, falem: ‘a chance é zero, era um placebo'. Tudo bem, paciência, me desculpa. Tchau. Pelo menos não matei ninguém”, disse Bolsonaro.

     

    Com informações de O Diário do Centro do Mundo, UOL e Rede Brasil Atual.

     










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