Notícia
Se nada for feito para acelerar o processo de imunização da população contra a Covid-19, o Brasil pode chegar a julho com meio milhão de mortos pela doença. A previsão é do presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e secretário de saúde do Maranhão, Carlos Eduardo Lula.
Em entrevista à rádio “CBN” na manhã desta terça-feira (16), o secretário demonstrou preocupação com a nova cepa do coronavírus, que é mais transmissível e pode indicar que o país esteja vivendo uma terceira onda da doença. Somente no estado de São Paulo, já foram registrados nove casos da nova variante até o dia 11 de fevereiro.
“O Brasil fez a aposta errada (ao não comprar mais vacinas) e, infelizmente, estamos pagando pelo preço desse erro”, disse.
O presidente do Conass acredita que a nova variante por atingir o Brasil inteiro. “Se isso acontecer, a gente pode ter o pior cenário possível se desenhando”, alertou.
Imunização
Carlos Eduardo Lula criticou a falta de imunizantes no Brasil, e disse que o país está pagando o preço por ter apostado em apenas uma vacina e não seguir o exemplo dos países desenvolvidos.
A falta de doses de vacina gera descrédito, segundo ele, além de aumentar as chances de que novas variantes do vírus apareçam, tornando ainda mais difícil a tarefa de reduzir os impactos da pandemia.
Rio de Janeiro
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou a paralisação da vacinação na cidade, a partir de amanhã (17), por falta de vacinas.
Em São Paulo, o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, disse que ainda há doses disponíveis. Ele também afirmou, em entrevista à “CBN” esta manhã, que a vacinação de idosos a partir dos 75 anos deve começar na primeira quinzena de março.
Sobre a falta de vacinas, o presidente do Conass disse que “isso vai acontecer com frequência”.
A vacinação intermitente, na opinião do secretário de Saúde do Maranhão, deve durar pelo menos até o fim do primeiro semestre e que dificilmente o país conseguirá vacinar meio milhão de pessoas essa data, conforme anunciou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
Até a tarde desta terça-feira, o Brasil tinha vacinado pouco mais de 5 milhões de pessoas.