A maioria das agressões realizadas no ambiente doméstico parte do próprio marido ou companheiro da vítima. Entre as formas de violência, a mais reportada é a psicológica. É o que mostra o projeto Carta de Mulheres, lançado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, em abril do ano passado, com o objetivo de ajudar as vítimas de violência doméstica por meio de um canal on-line.

O projeto recebeu 1.581 solicitações, sendo a maior parte da cidade de São Paulo (520), seguidas do restante do estado (506), outros estados (475) e outros países (Argentina, França e Estados Unidos).

Entre os agressores, a maior parte é composta de maridos ou companheiros das vítimas (498) e ex-maridos (476), seguidos de namorados (122), filho/filha (70), pai (56), irmão/irmã (53), vizinho/vizinha (17), entre outros.

Houve também relatos de homens (sete), de casais homossexuais masculinos (cinco) e casais homossexuais femininos (três).

Tipos de agressões

Muitos dos relatos continham mais de um tipo de agressão. Do total, houve 1.319 casos de agressões psicológicas, 1.047 de ordem moral, 785 físicas, 389 patrimoniais e 109 sexuais.

A maioria das vítimas (721) afirmou ser branca, seguida de 501 que se autodeclararam pardas, 154 pretas, 22 amarelas e 8 indígenas.

Projeto

O projeto Carta de Mulheres foi inspirado em iniciativa homônima Carta de Mujeres, da Justiça peruana, com a finalidade de ajudar as vítimas de violência.

Todas as solicitações são respondidas por uma equipe de profissionais que atua na Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário do Estado de São Paulo (Comesp).

Para participar do projeto, acesse o formulário https://forms.office.com/Pages/ResponsePage.aspx?id=LUKQNVmONkCSRdbt2MwPeujYfeS2izJMm55A1LztYsJUNkNNMFk0UFZUSkFSTEQ3TUg4TlYzWVdURyQlQCN0PWcu