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O neurocientista Miguel Nicolelis alertou que o Brasil não chegou “nem próximo” do pico da segunda onda de Covid-19 e que, sem medidas mais restritivas de circulação, por pelo menos 21 dias, nós chegaremos ao patamar de 3 mil mortes diárias pela doença.
Em entrevista ao programa “Revista Brasil TVT”, no último domingo (07), o ex-coordenador do Comitê Científico do Consórcio do Nordeste, também pontuou que a atual conjuntura vai se agravar ainda mais em função do colapso iminente dos sistemas de saúde.
“A situação para março parece ser ainda mais tétrica. Poderemos ter o pior março da história do Brasil de todos os tempos, no que tange a perda de vidas humanas”, afirmou.
Nesta terça-feira (09), 11 pacientes com Covid-19 morreram na fila aguardando leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no município de Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo.
Sem controle
Com a pandemia fora de controle, ele disse que as condições de atendimento devem ficar “mais do que críticas”, se houver um colapso em São Paulo.
“Quando ultrapassa os 85% de ocupação dos leitos de UTI, chegando a 90%, o colapso já ocorreu. É uma questão de horas, ou talvez de um par de dias, para chegar a 100%. As filas de espera já começam a ficar enormes, como em São Paulo, Natal, Salvador, Rio de Janeiro, Manaus, Fortaleza, Porto Alegre, Florianópolis”, disse.
Por essa razão, Nicolelis defendeu o fechamento urgente de todas as atividades não essenciais, além do controle da circulação das pessoas, para conter a disseminação do vírus.
Com informações da Rede Brasil Atual.