Trabalhadoras e trabalhadores da extinta Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) realizaram assembleia, ontem de manhã (9), para discutir a vacinação contra a Covid-19. Eles reivindicam a disponibilização imediata de vacinas, principalmente para aqueles(as) que trabalham no campo, por entenderem que estão sob risco de contaminação.

O diretor da Região Oeste I do SindSaúde-SP, José Carlos Salvador, participou da assembleia e disse que as trabalhadoras e trabalhadores estão com muito medo. “Nós temos insistido na necessidade de vacinar esses(as) trabalhadores(as), que têm trabalhado em condições precárias desde que a Sucen foi extinta, em outubro passado”, disse.

Caso não sejam incluídos na lista prioritária de vacinação, os(as) trabalhadores (as) pretendem realizar manifestação para que sejam atendidos(as).

Reivindicação

Desde que a Sucen foi extinta pela Lei 17.293, de 15 de outubro de 2020, o SindSaúde-SP tem denunciado as péssimas condições de trabalho dos(as) funcionários(as) do órgão.

De acordo com Salvador, não há fornecimento regular de máscaras, por exemplo, o que fragiliza a situação desses(as) trabalhadores(as).

“Quando vão para o campo, eles são colocados em vans lotadas e a qualidade das máscaras é ruim”, disse o diretor, reforçando que já há casos de Covid entre os(as) trabalhadores(as).

Por essa razão, eles(as) querem a vacinação, por entenderem que, só assim, estarão mais protegidos.

Decreto

O diretor do SindSaúde-SP reforçou também que, até hoje, não foi publicado o decreto do governo do estado tratando da transição da Sucen para a Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD), órgão atrelado à Secretaria de Estado da Saúde, o que deixa esses(as) trabalhadores(as) ainda mais apreensivos(as) em relação ao futuro.

O SindSaúde-SP vai continuar lutando até que as trabalhadoras e trabalhadores da CCD sejam protegidos contra a Covid-19, uma vez que o trabalho que fazem é de alto risco de transmissibilidade da doença.