Notícia
Há exato um ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhecia oficialmente a Covid-19 como pandemia. Meses depois do reconhecimento, o coronavírus provocava milhares de mortes na Europa, e jamais passava pela cabeça dos brasileiros de que o Brasil se tornaria o novo epicentro da doença. Nosso país teve muitos exemplos do que não fazer, mas preferiu adotar o caminho do negacionismo da gravidade da doença, o que tem infligido muito sofrimento a toda a população brasileira.
Há 12 meses, havia 118 mil casos da doença no mundo, em 144 países, e o número de óbitos não passava de 4.291. Hoje, são pouco mais de 118 milhões de infectados no mundo e mais de 2,6 milhões de mortes. Somente Brasil e Estados Unidos são responsáveis por quase 800 mil dessas mortes.
Negacionismo
O que fez de Brasil e Estados Unidos os líderes dessa tragédia foi o negacionismo dos presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro. Ambos incentivavam aglomerações e o não uso de máscaras, além de adotaram uma narrativa antivacinação e defenderem medicamentos comprovadamente não eficientes para a doença, como a ivermectina e a hidroxicloroquina.
No entanto, Trump não foi reeleito presidente daquele país e seu sucessor, Joe Biden, mudou o discurso e a rota da condução da pandemia. Logo que assumiu o governo, ele pôs em prática um plano de vacinar 100 milhões de pessoas em 100 dias. Essa meta deve ser batida com 50 dias de campanha, ou seja, na metade do tempo.
Além disso, os Estados Unidos, que registravam mais de 3 mil mortes diárias por Covid-19, derrubaram esse número para algo em torno de 1,4 mil. Ainda é alto? Sim, mas tem caído os óbitos e as infecções.
Em contrapartida, o Brasil tem apontado há cerca de um mês e meio média diária de mil mortes. Ontem, mais de 2,2 mil pessoas morreram em 24 horas pela doença, um número trágico demais e que não deveria ser normalizado.
Nesta quinta-feira (11), o país aponta mais de 270 mil mortes e mais de 11 milhões de casos. Esses dados nos colocam no pior momento da pandemia.
Vacina
A postura errada na condução da pandemia atrasou a vacinação no país e, com o vírus circulando, novas variantes do coronavírus apareceram, sendo a mais mortal e transmissível a P1, surgida em Manaus.
Nosso sistema de saúde está à beira do colapso (em algumas cidades, na verdade, ele já acontece), tanto nas redes pública quanto na privada, e pessoas estão morrendo nas filas dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
Obviamente, com o mau exemplo vindo de quem deveria nos apontar um norte do que fazer e como agir corretamente, parte da população também tem sua cota de responsabilidade, ao fazer aglomerações, não usar máscaras e participar de festas clandestinas.
Por tudo isso, é importante que nós, brasileiros, façamos a nossa parte. A situação é extremamente grave e, enquanto toda a população não for imunizada, devemos ficar em casa se pudermos, usar máscara e higienizar as mãos.
Cuidar de nós é cuidar de todos! #vacinajá
Eram, então, 118 mil casos da doença causada pelo vírus, a covid-19, em 114 países. E 4.291 óbitos. Passado um ano, já são 118 milhões de adoecidos em todo o mundo e as mortes somam 2,6 milhões, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos. No Brasil, a doença cresce de forma exponencial com o segundo lugar em número de óbitos no planeta. Passam de 11 milhões os casos de covid-19 e de 270 mil os mortos nesse aniversário macabro. Só os Estados Unidos perderam mais vidas para a covid-19: 530 mil pessoas. A velocidade das mortes, no entanto, cai entre os norte-americanos. Enquanto que por aqui se mantém em curva de alta.
Ou seja, tanto tempo e conhecimento acumulado sobre o assunto ainda não serviram para reduzir a força e a letalidade do vírus no Brasil. O país padece sob um governo que nega o conhecimento científico e retarda a vacinação da população. O presidente Jair Bolsonaro exerce influência sob parte do povo ao ignorar o uso de máscara e incentivar aglomerações, o oposto do que determinam as autoridades de saúde. E esses que ainda o ouvem ajudam a espalhar a doença.